Da redação

Ao mesmo tempo em que somos tão diferentes, estamos cada vez mais conectados. As novas gerações, ‘Y’ e ‘Z’, são protagonistas de uma nova era em que a multiplicidade de culturas, de raças, de biótipos e de opiniões tornaram-se, literalmente, interligadas em um grande e conectado globo. E todos estamos inseridos nessa transformação. Não que esses biótipos não existissem, mas, com a internet, os meios se tornaram mais democráticos e os discursos plurais. 

O que antes era feito por apenas uma forma de mídia – controlada pela burguesia branca – agora pode ser mudado em apenas um clique. Isso vem sendo refletido na publicidade. Recentemente, uma grande marca de cerveja nacional refez suas campanhas. Em um vídeo publicado em seus perfis oficiais nas redes sociais, a marca convidou ilustradoras para refazerem suas antigas campanhas de uma maneira menos machista, que objetificasse menos o corpo das mulheres. 

Graças ao uso das redes pelo movimentos sociais, a moda entra no mesmo ritmo e passa a se conectar com outros lados da vida que não costumava cruzar. Um deles é o da deficiência física. Antenada ao comportamento globalizado, a marca L.Seven, foi além dos padrões habituais das propagandas da indústria e decidiu retratar o mix da diversidade humana em sua mais nova campanha, destacando a beleza de pessoas com deficiência física no mundo fashion.

“Muito mais do que oferecer o melhor em moda e qualidade, somos uma grife com identidade social. E queremos trazer movimento para a discussão social, disseminando a beleza real e valorizando a inserção de todos, com a devida igualdade, no cenário da publicidade fashionista”, explica o gerente de marketing do Grupo LaTreille, detentor da L.Seven, Diogo Jacoby.

Respeito, amor e diversidade são palavras de destaque nas peças publicitárias, que também contam com modelos de etnias diferentes. Com o slogan Somos todos diferentes. Somos todos iguais, humanos!, a grife ergue a bandeira da igualdade e contribui para a construção da moda sem preconceitos e um mundo sem barreiras.

Isso é resultado de diversas ações feitas por pessoas na internet. Em dezembro do ano passado, uma modelo negra recriou fotos de diversas campanhas famosas em forma de protesto. Os negros são minoria na indústria da moda e recebendo menores aparições e cachês em campanhas e desfiles. Nas fotografias, a modelo se colocou no lugar de famosas modelos brancas.