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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
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Saúde

MP cobra solução para superlotação em maternidade

Ministério Público de Goiás encaminhou ao HMI um plano emergencial que estabeleça fluxo de atendimento e regulação

Postado em 23 de março de 2017 por Sheyla Sousa
MP cobra solução para superlotação em maternidade
Ministério Público de Goiás encaminhou ao HMI um plano emergencial que estabeleça fluxo de atendimento e regulação

O encaminhamento ao Ministério Público de Goiás até sexta-feira (24) de um plano emergencial que estabeleça o fluxo de atendimento e regulação a ser efetivado nos próximos 60 dias para enfrentar, de forma urgente, a crise que afeta o Hospital Materno-Infantil (HMI). Essa foi uma das principais deliberações de reunião realizada na tarde desta terça-feira (21), no Ministério Público de Goiás, com a participação de gestores da Saúde estadual e municipal, do HMI e da Maternidade Dona Iris. O encontro foi intermediado pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP, Eduardo Prego, e pelos promotores Heliana Godoi Abrão e Vinícius Jacarandá Maciel, que atuam em promotorias da saúde de Goiânia.

A reunião foi convocada pelo MP em razão do problema de superlotação no HMI, que acabou resultando no aparecimento da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), a qual acabou vitimando dois bebês na unidade no último fim de semana. Nas discussões conduzidas pelos promotores na reunião, o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, e a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrue, apresentaram algumas propostas de curto prazo que pretendem contribuir para contornar o gargalo no atendimento do Materno-Infantil.

Da parte do Estado, o secretário informou a contratação imediata de mais 10 novos leitos de UTI neonatal do Hospital Vila Nova, que poderão ser utilizados para ampliar o atendimento dentro de 60 dias. Ele comunicou ainda estar em fase final a licitação para contratação das obras de reforma do HMI, que serão feitas por etapas, de forma escalonada, para não comprometer os serviços.

Já a secretária municipal falou sobre a reativação de leitos de UTI neonatal e pediátrica do Igope, da autorização de um edital para credenciamento de médicos pediatras e das tratativas com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), responsável pela administração da Maternidade Dona Iris, visando priorizar o atendimento emergencial obstétrico e neonatal na unidade como forma de ampliar o atendimento nessa área na capital. O entrave para essa negociação, contudo, tem sido as dívidas da Prefeitura de Goiânia com a fundação.

A grande preocupação mostrada pelos integrantes do MP-GO no encontro foi em encontrar uma solução imediata para atender emergencialmente à necessidade de transferência de 21 pacientes do Materno-Infantil, que teve a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) isolada em razão da contaminação pela superbactéria. Neste sentido, ficou acertado que o plano emergencial a ser apresentado até dia 24 deverá conter de forma específica e precisa o encaminhamento dos pacientes a serem removidos do HMI e a disponibilidade de vagas das regulações municipal e estadual durante o período de crise, inclusive mediante a realização de busca ativa de leitos. As soluções a serem apresentadas deverão envolver, pelo que foi discutido no encontro, a viabilização dos leitos da Maternidade Dona Iris e de outros da rede conveniada. (MP-GO) 

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