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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
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DOENÇAS

Saúde monitora qualidade da água para consumo humano

Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água

Postado em 23 de março de 2017 por Sheyla Sousa
Saúde monitora qualidade da água para consumo humano
Em Goiás


Caio Marx 

Na semana em que o tema água é debatido, as diretrizes sanitárias da Organização Mundial de Saúde estabelecem que a falta de acesso à água potável eleva o risco de doenças diarreicas e de outros males relacionados com contaminantes químicos e biológicos. Segundo dados da OMS, quase 90% das doenças diarréicas podem ser atribuídas à ausência de água de boa qualidade. 

Para que todos os municípios goianos contem com água própria para o consumo humano, a Secretaria do Estado da Saúde (SES-GO) está desenvolvendo o Projeto Água Potável um Direito de Todos. Tânia Vaz, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, explica que o objetivo é o de alertar a população e os gestores municipais sobre importância da implantação do sistema de tratamento de água, por meio da Comunicação de Risco à saúde da população. 

Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água, totalizando uma população de 24.817 habitantes, o que corresponde a 0,4% da população do Estado. Nos municípios de Cachoeira de Goiás, Colinas do Sul, Guarinos, Mossâmedes, Nova Roma e Paranaiguara, a população fica assim exposta a doenças de veiculação hídrica ao utilizarem poços e mananciais, sem estudo prévio da qualidade da água e tratamento adequado.

Segundo Tânia, esses seis municípios são a prioridade do projeto. “O objetivo é o de sensibilizar os gestores municipais para viabilizar a instalação de sistema de tratamento e abastecimento de água nestes municípios, nos próximos dois anos, para o fornecimento de água potável à população”, informa Tânia. Como resultado, espera-se a redução  na ocorrência de doenças de veiculação hídrica, como medida de proteção à saúde.

Implantação

Projeto Água Potável um Direito de Todos está em implantação desde outubro de 2016 e encontra-se na fase de discussão nos municípios prioritários. Em fevereiro, foram apresentados aos prefeitos das 6 cidades e também de outras 15, num total de 21 cidades, os resultados de análises realizadas nos últimos anos, em cujas amostras  de água foram registradas a presença da bactéria patogênica  Escherichia  coli, exceto o município de São Simão que não apresentou amostras insatisfatórias em um histórico recente. 

Na ocasião, a Secretaria da Saúde falou da importância da realização de análises periódicas para monitorar a qualidade da água oferecida à população. “O próximo passo é realizar ações de conscientização junto à população e gestores municipais destas localidades”, diz a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador.

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