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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
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EUA

Após derrota no Obamacare, Trump tenta aprovar reforma tributária

Para votar uma proposta, a liderança repulicana e o próprio Trump terão de ter muita habilidade política

Postado em 27 de março de 2017 por Toni Nascimento
Após derrota no Obamacare
Para votar uma proposta

Depois da tentativa frustrada de aprovar uma lei de saúde
para substituir o Obamacare, o presidente Donald Trump decidiu enviar esta
semana ao Congresso um projeto de reforma tributária. Para votar uma proposta,
a liderança repulicana e o próprio Trump terão de ter muita habilidade
política, já que mudanças na lei tributária não são apreciadas desde 1986.

Em uma reunião após o cancelamento da votação para extinguir
o Obamacare, Trump adiantou que quer “começar a reforma tributária”,
com cortes em “grandes impostos”. A medida divide opiniões tanto na
base do partido Republicano como na do Democrata.

Mas além da complexidade do tema, o governo enfrentaria
também o calendário. As regras do Congresso definem que, para entrar em vigor
para o próximo ano, a matéria teria de ser apreciada junho.

O líder dos republicanos na Câmara dos Representantes (a
Câmara dos Deputados), Paul Ryan, avaliou em uma conversa com jornalistas que o
prazo é “muito apertado”, mas mesmo assim disse que votar a reforma
“não é uma tarefa impossível”.

Expectativas

A imprensa norte-americana avaliou o risco de novos
empecilhos causados pelos 30 deputados republicanos dissidentes, que impediram
que o projeto para substituir o Obamacare avançasse. O grupo ultraconservador
chamado Freedom House Caucus (em português, Convenção da Liberdade), no
entanto, é favorável a mudanças tributárias e cortes de impostos. A medida
também é aceita por parte dos parlamentares democratas.

Com um tema não votado há 31 anos e defensores e opositores
dentro das duas bancadas, o governo Trump terá de mostrar habilidade política
para conseguir maioria, o que não aconteceu na votação de substituto do
programa de saúde conhecido como Obamacare.

Na quinta-feira passada (23), dia em que era esperada a
votação da proposta, a liderença suspendeu a votação quando viu que não iria
conseguir os 216 votos necessários para aprovar a matéria, mesmo tendo 237
representantes.

No dia seguinte (24), Trump mandou um recado e disse que a
votação deveria acontecer de qualquer maneira, mesmo que perdesse. Mas na
última hora o próprio governo recuou e o líder republicano Paul Ryan cancelou a
votação. O grupo de deputados republicanos não cedeu, mesmo após o ultimato de
Trump.

(Agência Brasil) 

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