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sábado, 15 de março de 2025
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Saúde

População reclama da falta de medicamentos no município

Instabilidade no fornecimento compromete vida de pacientes que necessitam de insulinas e outros medicamentos

Postado em 5 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
População reclama da falta de medicamentos no município
Instabilidade no fornecimento compromete vida de pacientes que necessitam de insulinas e outros medicamentos

8136cc3072831294bbaf9d82170968c4Wilton Morais

A população que procurou algum medicamento na Farmácia de Medicamentos e Insumos Especiais, em Goiânia, no inicio dessa semana, não teve muito êxito com a busca. Muitos pacientes já estão até acostumados com a instabilidade no fornecimento. Em fevereiro deste ano, pacientes também questionavam a falta de insulinas. De acordo com a Secretaria de Saúde, são mais de 1,5 mil dependentes cadastrados para receberem o medicamento fornecido pelo município. A maior falta no município é de insulinas para diabéticos e fitas para medir o nível de glicemia. 

A cozinheira Glaucia Ferraz, que atualmente está parada, para cuidar da sogra Benilda Pereira relatou que consegui apenas a dieta. “Precisava do ‘Eliquis’, mas desde dezembro não conseguimos esse medicamento”, conta. O medicamento custa em média R$ 250. “Gastamos 60 comprimidos por mês. É muito dinheiro”, afirma. 

Já a consultora Soraia Cristina Vaz procurou a unidade em busca de insulina. “No mês passado eu peguei. O protocolo era para o dia seis [do mês passado]. Agora havia ficado para o dia 4 [ontem], mas não é suficiente por conta do prazo do refil”, explica. Soraia também questiona a forma do sistema. “Pego a receita no SUS para o SUS. Não deveria acontecer assim. O Estado tinha que repassar a verba”, questiona em reivindicação dos direitos. O medicamento é para a filha de Soraia, Gabriela Crhystina Rodrigues, 10 anos. “Ela usa o medicamento há três anos”. De acordo com a consultora quando há necessidade de comprar o medicamento o gasto não fica abaixo de R$ 600. “O Lantus é R$ 90 e o Aprida R$ 30. Já as fitas custam R$ 100 e as lancetas R$ 150”.

Procurado pela reportagem, um dos funcionários da unidade confirmou a falta de insulinas. Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que só poderia repassar informações sobre a falta de insulinas no decorrer do dia de hoje (5). Sobre o Eliquis (princípio ativo: Apixabana), a pasta ressaltou que o medicamento não é oferecido pela rede municipal de saúde. A secretaria orientou que para estes casos o pacientes necessita abrir processo para aquisição do remédio. O local para abertura processo é no térreo do bloco D no Paço Municipal. 

Seguridade 

De acordo com a Lei Federal 11.347, publicada no Diário Oficial da União em 2006, os diabéticos podem usufruir dos benefícios que ela se destina. Segundo a legislação, os portadores da diabete devem receber os medicamentos gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), para o tratamento da doença, além disso, a legislação assegura que os materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar devem ser fornecidos. 

Risco

A diabetes pode ser causada por doenças crônicas em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Quando há elevado nível de açúcar no sangue, a diabetes pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira e doenças cardiovasculares.

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