Número de endividados sobe, mas intenção de compra aumenta
Março tradicionalmente é um mês em que as promoções são realizadas massivamente para atrair o consumidor. Sem data comemorativa, essa é a solução encontrada pelos comerciantes para não baixar as vendas e nem ficar no vermelho. Mas nem promoção e nem a entrada do recurso das contas inativas do FGTS foram suficientes para reduzir o […]
Março tradicionalmente é um mês em que as promoções são realizadas massivamente para atrair o consumidor. Sem data comemorativa, essa é a solução encontrada pelos comerciantes para não baixar as vendas e nem ficar no vermelho. Mas nem promoção e nem a entrada do recurso das contas inativas do FGTS foram suficientes para reduzir o número de famílias endividadas, que passou de 28,5% em fevereiro, para 30,8% em março, ambos os meses de 2017. Porém na comparação com março de 2016, a situação melhorou. No terceiro mês de 2016, o total de endividados era de 35,9%. Em 12 meses houve uma queda de 14,2 pontos percentuais no endividamento das famílias. Fato que sinaliza uma intenção positiva das famílias em quitar seus débitos. Estes dados são resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada no mês de março, pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) e Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo dos Santos, avalia que o consumidor está cauteloso e empenhado em pagar suas dívidas. Embora o número tenha aumentado de fevereiro para março, a tendência é de redução, basta comparar com os números de 2016. Outro ponto positivo é que muitos trabalhadores vão usar os recursos das contas inativas do FGTS para quitar as dívidas e ter de volta o poder de compra.
O número de pessoas endividadas com contas em atraso também caiu 5,9%, e, passou de 18,6% em março de 2016 para 17,5% em março de 2017. Os entrevistados que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas subiu na comparação entre março do ano passado e deste ano, que corresponde respectivamente de 8,3% para 11%. Entretanto, houve uma leve queda na comparação com fevereiro de 2017, passou de 11,4% para 11%.
A faixa de pessoas que afirmam não ter dívidas com cartão de crédito, cheques, carnês de lojas, empréstimos pessoais, financiamento de carros e seguros é superior a 69%. Quem respondeu que está endividado, afirmou que o maior débito é com o cartão de crédito. Essa modalidade é a que representa grande parte do endividamento com 66,9% dos casos. 56,8% das famílias estão com contas em atraso e 62,7% disseram que não terão como pagar.
Consumo
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostra que a disposição de consumir no mês de março deste ano está praticamente igual ao do mês semelhante no ano passado. O ICF de março de 2016 era de 94,2 pontos e o de março deste ano é de 95 pontos.