O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Publicidade
CEI

CEI da SMT aponta primeiras irregularidades

Os vereadores decidiram aprofundar a investigação sobre os equipamentos, com pedido de novas oitivas de servidores da SMT

Postado em 11 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
CEI da SMT aponta primeiras irregularidades
Os vereadores decidiram aprofundar a investigação sobre os equipamentos

6e182a8acb9bec049e0520d360bddf2dVenceslau Pimentel

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) avalia que encontrou as primeiras irregularidades no órgão logo nos dois primeiros depoimentos.

O chefe do Almoxarifado da SMT, José Carlos Martins, entre 2015 e 2016, período em que teria sido pago R$ 175 mil por 7.150 mil cavaletes à empresa JBA Comercial Ltda. A então diretora administrativa, Maria Bernadete dos Santos, disse ter atestado o pagamento de notas fiscais de recebimento de 4 mil cavaletes, mas que, segundo ela, não há comprovação da entrega dessa quantidade de equipamentos.

José Martins e Maria Bernadete explicaram aos integrantes da CEI que os cavaletes são entregues de forma gradual ao órgão, porque o pátio do Almoxarifado não comporta a quantidade comprada. Ainda segundo eles, os agentes de trânsito buscam esse material à medida que precisam dos mesmos para interdição do trânsito na cidade. Esse material também fica disponível em dois Postos Avançados (PAs).

Segundo os dois funcionários, o Almoxarifado não tem controle da entrada e saída dos cavaletes nestes PAs, mas que a retirada desses equipamentos na empresa fornecedora é feita após o preenchimento de aquisições. Depois, esses documentos são juntadas para que seja feita a emissão de notas fiscais.

Quanto à qualidade dos equipamentos, eles revelaram que os mesmos são feitos com material frágil e que, por isso mesmo, se estragarem com muita facilidade. Disseram também que muitos são furtados, porque não há o costume de se fazer o recolhimento dos cavaletes.

Após a coleta desses depoimentos, os vereadores que integram a CEI concluíram que tudo levar a crer que a SMT não tem nem o controle sobre os equipamentos e nem estoque no Almoxarifado, já que os mesmo são descartados após operações no trânsito.

Questionado sobre a emissão de notas ficais sem a devida contagem dos cavaletes, José Martins respondeu que agia de boa-fé, confiando em informações que lhes eram repassadas por colegas de trabalho, assim como Maria Bernadete.

Presidente da CEI, o vereador Elias Vaz (PSB) disse acreditar que, na verdade, o número de cavaletes adquiridos é bem menor do que foi anunciado oficialmente. Por sua vez, Eduardo Prado (PV), que é o relator, classificou os equipamentos de fantasmas.  

Ao final dos depoimentos, os vereadores decidiram aprofundar a investigação sobre os equipamentos, com pedido de novas oitivas de servidores da área de planejamento da SMT, e também de agentes de trânsito que assinaram documentos sobre a retirada de material do pátio do órgão.

Já está aprovada a convocação de um dos donos da JBA Comercial Ltda, Cleumar Antônio de Souza. Além do contrato da compra de cavaletes que a CEI vai investigar os contratos para compra e sincronização de semáforos, fotossensores e a destinação dos recursos arrecadados com multas de trânsito. 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também