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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Manifestação

Manifestantes tentam invadir a Câmara em protesto contra reforma da Previdência

Os manifestantes, em sua maioria policiais civis, foram contidos pela Polícia Legislativa que formou uma barreira de segurança

Postado em 18 de abril de 2017 por Toni Nascimento
Manifestantes tentam invadir a Câmara em protesto contra reforma da Previdência
Os manifestantes

Um grupo de manifestantes contrários à reforma da
Previdência tentou invadir hoje (18) a Câmara de Deputados. Os manifestantes,
em sua maioria policiais civis, chegaram a passar pela chapelaria, entrada
principal da Câmara que dá acesso aos salões negro e verde. Eles quebraram
parte dos vidros da portaria principal da Câmara, mas foram contidos pela Polícia
Legislativa, que formou uma barreira de segurança e reagiu com bombas de gás
lacrimogêneo.

Após a confusão, parte do grupo dirigiu-se à rampa do
Congresso Nacional. Não há informações sobre feridos ou detidos. A segurança
nas portarias foi reforçada e a circulação entre o Senado e a Câmara está
restrita. Após o tumulto, um grupo de manifestantes entrou para uma reunião com
o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Desde o final da manhã, o grupo formado por cerca de 3
mil policiais civis, militares, guardas municipais, entre outros profissionais
da segurança pública, posicionou-se em frente ao gramado do Congresso Nacional
para protestar contra a proposta de reforma da Previdência. O texto original
encaminhado pelo governo previa o fim da aposentadoria especial para a
categoia. No Senado, as saídas foram fechadas e alguns manifestantes chegaram a
bater nos vidros da entrada.

Mobilização

O protesto foi organizado pela União de Policias do
Brasil (UPB), que pretendia protocolar um pedido de retirada dos policiais da proposta
de reforma do governo.

O presidente da Frente Nacional dos Policiais Federais
(Fenapef), Luís Antônio Boudens, disse que mantém contato com os demais líderes
sindicais para que recuem e não criem confusão com os policiais legislativos. A
expectativa dele é de que, entre hoje e amanhã, haja uma “última tentativa de
diálogo” com o relator da PEC antes da apresentação do parecer, prevista para
esta quarta-feira (19).

Para a Fenapef, as mudanças propostas pelo governo
federal, mesmo com algumas flexibilizações, ainda não agradam às categorias
policiais. “A idade mínima não está em discussão para nós. Já temos a previsão
de aposentadoria por tempo de serviço e o governo quer criar uma segunda”,
disse Boudens, acrescentando que as mobilizações vão continuar se o relatório
não for alterado de acordo com as sugestões dos policiais. Para o próximo dia
28 está marcada uma greve geral contra as reformas.

(Agência Brasil) 

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