Gastos com Previdência cresceram R$ 16 bi
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse que as despesas com a Previdência cresceram R$ 16 bilhões no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, incluindo gastos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com a aposentadoria de servidores públicos. Enquanto isso, […]
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse que as despesas com a Previdência cresceram R$ 16 bilhões no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, incluindo gastos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com a aposentadoria de servidores públicos. Enquanto isso, as despesas discricionárias (não obrigatórias) do governo federal tiveram um corte de R$ 10 bilhões.
“Ou seja, o governo cortou R$ 10 bi de despesa discricionária e, mesmo assim, não foi suficiente para contrabalançar um crescimento de R$ 16 bilhões da despesa com Previdência. Isso mostra que, cada vez mais, o crescimento da conta da Previdência está deslocando todo o Orçamento público”, disse o secretário, durante seminário sobre a reforma da Previdência.
Mansueto alertou que a dinâmica do crescimento dos gastos com a Previdência no Brasil, por causa do envelhecimento da população, faz com que a reforma seja necessária para o país. “O Brasil ainda é um país jovem, e gastamos mais da metade do que se chama gasto social com Previdência. Isso simplesmente não é sustentável. Então, a reforma da Previdência é algo essencial”, ressaltou.
Gastos
Segundo o secretário, mais da metade do crescimento do gasto do governo entre 1991 e 2016 foi com a Previdência. “O gasto do INSS não para de crescer, em decorrência, entre outras causas, do rápido processo envelhecimento da população”, disse. De acordo com Mansueto, sem a reforma da Previdência, as despesas com o INSS chegarão a 16% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2060. Em 2016, o percentual ficou em 8,1%.
Ele também criticou as desigualdades no modelo previdenciário atual, com favorecimento dos funcionários públicos. “Não é justo com a sociedade que funcionários públicos se aposentem cedo e tenham rendimentos acima dos do setor privado.”