Da redação

Pode ser para verificar como está o trânsito, ajudar a manter a rotina de exercícios, pedir uma refeição ou simplesmente listar os afazeres do dia, é grande a chance de se encontrar um aplicativo específico para auxiliar qualquer que seja a demanda. Escolas e empresas que lidam com crianças e jovens não ficam de fora dessa febre dos apps e com eles proporcionam maior praticidade e tranquilidade para os adultos. Pensando nisso algumas escolas trabalham com aplicativos que podem ser acessados por pais e alunos. 

O professor de educação tecnológica do colégio Omni, Juliano Miranda, afirma que o aplicativo torna a comunicação com os pais e alunos mais dinâmica e contextualizada tecnologicamente. “É uma ferramenta fantástica. Nele é possível acessar o calendário de provas, o boletim, boletos, avisos direcionados só para os pais, registros relacionados à conduta do aluno e falta da tarefa de casa, além de podermos ver quem recebeu e quem leu os avisos”, explica. Os estudantes naturalmente estranharam, conta o professor, pois agora os pais são informados diretamente pelo aplicativo, além da agenda escolar que era o principal meio de comunicação entre a escola e os pais.

O aplicativo já é um sucesso. Em seis meses de criação, mais de 60% dos alunos e 40% dos pais o usam para acompanhar o desenvolvimento dos filhos. É o caso da recepcionista Jaqueline Ruthes, mãe de dois alunos do 4º e 6º ano. Ela conta que baixou o app logo que a escola começou a divulgá-lo: “É muito útil para acompanhar a vida escolar dos meus filhos. Eu uso bastante para ver os recados, conferir se o que eles me falam é o mesmo que a escola está informando”, fala. 

Para o futuro, a equipe de desenvolvimento do aplicativo já está trabalhando em uma nova função do aplicativo, o Chame meu filho, um sistema de geolocalização, com o mapeamento da geografia ao redor da escola, integrado aos GPSs dos celulares dos pais, que dará a possibilidade de que, quando estiverem se aproximando do OMNI, emitirem um aviso e, assim, o nome do aluno será anunciado no sistema de som, evitando filas e congestionamentos no trânsito.

A psicóloga Christina dos Santos vê os aplicativos escolares como algo que dá aos pais facilidade para saber como estão os estudos do filho. Contudo, “não se pode esquecer dos meios tradicionais. Os pais devem continuar a conversar com as crianças e também cobrar a leitura de um livro, por exemplo. Não deixar só a cargo da escola e dos professores. A tecnologia é uma melhoria, mas não pode tomar o lugar da confiança entre pais e filhos”, alerta.