Brasil será sede de festival internacional de harpa
A iniciativa integra o projeto ‘Música no Museu’, que há duas décadas dedica o mês de maio à harpa
Nesta quarta-feira (26), será realizada em São Paulo a abertura do II SPHarpFestival, com apresentações musicais em que a harpa é o instrumento de destaque. O evento segue até o próximo dia 30 de abril no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e conta com apoio do Ministério da Cultura (MinC), por meio de Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Na sequência, em 1º de maio, é a vez de o Rio de Janeiro se tornar a capital mundial da harpa, com a abertura da 12ª edição do RioHarpFestival. Serão cerca de quarenta músicos de 23 países, incluindo brasileiros, que se apresentarão em mais de 100 concertos em espaços culturais e pontos turísticos da capital fluminense – todos gratuitos.
A iniciativa integra o projeto Música no Museu, que há duas décadas dedica o mês de maio à harpa. A abertura, no Rio, será realizada no CCBB (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro). Já o encerramento será no AquaRio (Praça Muhammad Ali, Gambôa), em 1º de junho.
De sonoridade delicada, a harpa – junto com a flauta – é um dos instrumentos mais antigos de que se tem registro. Acredita-se ter se originado dos arcos de caça que faziam barulho ao roçarem a corda. De grande proporção, é sempre triangular e constituída pela caixa de ressonância, coluna, “pescoço”, cordas e, por vezes, pedais ou levers (chaves/alavancas de semitom).
Apesar da origem milenar, ela vem se adaptando a diferentes culturas e estilos musicais. Nos concertos previstos na programação dos festivais em São Paulo, no Rio e em Goiânia (neste ano, a capital goiana entra no circuito a partir de 1º de maio, com dois concertos), é possível perceber sua versatilidade: os gêneros variam do clássico ao rock, passando pelo étnico, pelo jazz e por ritmos tipicamente brasileiros.
Em São Paulo, o primeiro dia de concertos (26/4) começa às 13h, com o trio japonês Kagurazaka (músicas brasileiras e japonesas do século 18 até a década de 1960). Em seguida, apresentam-se o grupo Calidoscopium (composições eruditas e rock), às 17h, e o duo italiano Arphangeli (canções da tradição irlandesa e escocesa), às 20h.
No Rio, as apresentações ocorrem no CCBB, AquaRio, Corcovado, Ilha Fiscal, Forte de Copacabana, igrejas e outros locais tradicionais da cidade. A abertura da 12ª edição do festival também será feita pelo Trio Kagurazaka, às 15h do dia 1º de maio. Às 17h, uma novidade: o coletivo Músicos da Baixada se apresenta acompanhado do Duo Arphangeli (Itália). A primeira noite de concertos se encerra às 19h, com o grupo brasileiro Cânticos de Asafe.
O programa completo está disponível nos endereços: www.musicanomuseu.com.br e http://rioharp.businesscatalyst.com