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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Restrição de Crédito

Recusa de crédito deverá ser explicada, garante projeto de lei

Autor do projeto deputado estadual Diego Sorgatto, destaca que consumidores têm crédito negado e ficam sem saber motivo

Postado em 28 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
Recusa de crédito deverá ser explicada
Autor do projeto deputado estadual Diego Sorgatto

Renan Castro 

Projeto do deputado estadual Diego Sorgatto (PSB) quer que consumidores de empresas fornecedoras de produtos creditícios tenham acesso a documento que deixem claro os motivos para a recusa ou restrição do crédito. Líder do PSB, o parlamentar destaca que muitos consumidores têm o crédito negado e ficam sem saber o por quê. “Às vezes, a pessoa está com um problema que não é de conhecimento dela e ela continua sem saber”, explica Sorgatto.

De acordo com o projeto, “o fornecedor de produtos ou serviços que restringir ou negar crédito ao consumidor fica obrigado a fornecer documento escrito que contenha os motivos da recusa. O documento deverá ser emitido, no ato da recusa, pelo fornecedor, indicando os motivos, o responsável pela negativação, o banco de dados consultado e os produtos e serviços”.

Segundo o parlamentar, “a maioria dos fornecedores de produtos creditícios inclui em suas propagandas a expressão ‘mediante análise de crédito’. Desta forma, se a análise de crédito converte uma possibilidade de empréstimo ou financiamento em uma negativa e crédito, nada mais justo do que se informar ao consumidor, efetivamente, por meio de informações necessárias e suficientes, o motivo dessa negativa”. Além de documental, conforme Sorgatto, a informação deve ser adequada ao produto ou serviço oferecido pelo fornecedor.

Para Sorgatto, o princípio da transparência é essencial em toda manifestação pré-contratual. “Neste caso, é obrigação do fornecedor informar ao consumidor tudo o que pode advir da proposta de empréstimo ou financiamento produzida, inclusive a negativa de crédito. Neste último caso, a negativa deve retratar a insuficiência da capacidade de crédito do consumidor de forma clara e completa, de modo a facilitar sua compreensão”, ressalta.

Na justificativa do projeto, Sorgatto afirma que “a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 170, inciso V, determina que a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observando dentre outros princípios, a defesa do consumidor”. Sorgato acredita que o projeto será aprovado nas Comissões e no Plenário da Casa. “É uma proposta importante, assim como outros projetos dos parlamentares”, articula. 

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