Donald Trump quer se reunir com Kim Jong-Un
Presidente dos Estados Unidos diz estar disposto se encontrar com o líder norte-coreano
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ontem (1º) que está disposto a se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, “sob as circunstâncias adequadas”, em meio à escalada de tensão com Pyongyang por seus reiterados testes de mísseis e seu programa nuclear. As informações são da agência EFE.
“Se isto ocorrer, será sob as circunstâncias adequadas, é claro”, disse Trump sobre uma possível reunião com Kim, em entrevista ao site Bloomberg, um dia depois de reconhecer que não excluía a opção militar perante as contínuas provocações do regime norte-coreano.
O governante disse que ficaria “honrado” por se reunir com o líder norte-coreano. “Muitos políticos nunca diriam isso, mas estou dizendo que sob as circunstâncias adequadas, me reuniria com ele. Temos notícias de última hora”, sublinhou.
A escalada de tensões na península coreana se tornou uma das principais ameaças em matéria de segurança para Trump, que completou na semana passada 100 dias como presidente. Nos últimos dias, ele insistiu que prefere uma solução diplomática com Pyongyang e expressou confiança na mediação do presidente chinês, Xi Jinping, para acalmar as tensões.
As palavras de Trump ocorrem depois que o regime norte-coreano assegurou hoje que impulsionará “à velocidade máxima” seu programa nuclear, em resposta à crescente pressão exercida sobre o país por parte de Washington.
O último encontro de um alto representante americano com o regime comunista de Pyongyang ocorreu no ano 2000, quando a então secretária de Estado, Madeleine Albright, sob o governo do presidente Bill Clinton, se reuniu na capital norte-coreana com Kim Jong Il, o pai de Kim, para discutir o programa nuclear.
Papa pede mediação para resolver tensão
O Papa Francisco defendeu que o acirramento das tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte deve ser resolvido pela via diplomática, e que para isso, a mediação é um caminho válido. Ele falou sobre o conflito entre Pyongyang e Washington, durante uma conversa com jornalistas, que o acompanharam na viagem aérea de regresso do Cairo, no Egito, para o Vaticano, no último sábado, (29).
Francisco sugeriu um país já com experiência em mediação e conciliação, como a Noruega, para tentar esfriar a situação na região da Península Coreana. Ele expressou sua preocupação com a escalada de tensões e disse que acreditar que boa parte da humanidade poderia ser destruída em qualquer guerra generalizada.
O Pontífice disse que está pronto para receber o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que no mês que vem deverá visitar a Europa. Segundo ele, ainda não há informação de que Washington tenha feito um pedido formal para um encontro, mas Francisco disse que está disponível para se reunir com Trump.
Trump estará na Sicília entre os dias 26 e 27 de maio, para uma reunião dos Chefes de Estado do G7, o bloco dos países mais ricos do mundo, mas a Casa Branca ainda não confirmou se o presidente norte-americano visitará o Papa em Roma. Em geral os presidentes vão até o Vaticano, quando visitam à Itália.
Na conversa com jornalistas de diversas agências, o Papa disse que o fracasso na negociação com Pyongyang e a continuidade dos testes com misseis nucleares no país, poderia levar o mundo a consequências catastróficas.
Ele sugeriu a Noruega porque o país tem vasta experiência em mediação de conflitos, tendo participado de negociações secretas entre Israel e Palestina nos anos de 1990, e recentemente fez parte da mesa de negociações entre o governo da Colômbia e as Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC), que firmaram um acordo de paz no ano passado, depois de meio século de conflito armado. (Agência Brasil)