Cafeterias gourmet conquistam goianienses
Estabelecimentos têm como atrativos bebidas e alimentos diferenciados
RENATO ESTEVÃO
Qual é o gosto do café que te agrada? O forte, o fraco, o bem adoçado ou é aquele sem açúcar? De um modo ou de outro, o café, mais conhecido como cafezinho, é sem dúvidas o queridinho do paladar brasileiro. Afinal de contas, quem nunca se rendeu ao cheiro quente do café passado na hora, não é mesmo? Não dá para segurar tamanha tentação. E foi pensando nesta paixão nacional, que as cafeterias gourmet investiram no comércio em várias regiões do país, incluindo Goiânia.
Segundo a empresária Camila Moreira, de 36 anos, uma das proprietárias da cafeteria Poema Gourmet, localizada no Setor Marista, o café expresso e o cappuccino são as bebidas mais requisitadas pelos clientes goianienses, embora a unidade ofereça cardápio variado, desde bebidas, lanches até chocolates. A unidade está há quatro anos no mercado e faz parte de uma franquia, presente em outros quatro pontos da Grande Goiânia, que tem como público-alvo as classes A e B.
A empresária conta que adquiriu a franquia em novembro do ano passado, ao perceber uma demanda local. Segundo ela, a vinda das cafeterias gourmet para a Capital está aumentando, assim como a procura de clientes por estabelecimentos do tipo. “Goiânia é muito carente para este tipo de empreendimento. Como os goianos gostam de novidades, está aumentando a procura por cafeterias gourmet. O cliente não quer mais chegar e encontrar aquele produto pronto. O gourmet idealiza isso, algo que vai ser preparado para você. São produtos diferenciados”.
Ela explica ainda que as cafeterias inovaram as opções de lanches. “O forte do negócio é o próprio café e um lanchinho rápido. Até 2014 isso não era comum, o público-alvo era empresários e executivos. Agora este público se expande”.
Ponto de encontro
Para os fãs de café, nas cafeterias gourmet não existe solidão. Além da alimentação, os estabelecimentos se tornam pontos de encontro. A estudante Amanda de Melo, de 24 anos, costuma frequentar a cafeteria sozinha, para comer, mas também para reencontar amigos. “Eu e uma amiga sempre nos encontramos aqui (Poema Gourmet). Nós lanchamos e conversamos”. Amanda conta que foi só em Goiânia que adotou este hábito. Quando morava em Brasília não frequentava cafeterias.
Outra cliente que não dispensa um café gourmet é a empresária Denise Perez, de 54 anos. Ela é mineira, mas mora há 30 anos em Goiás. Apesar do notório aumento de estabelecimentos neste ramo do comércio, a exemplo do que já acontece em países como Estados Unidos e Argentina, ela não está satisfeita com as unidades disponíveis em Goiânia. “Essa cultura vinda de fora é maravilhosa. Goiânia precisa de mais cafeterias como estas. De mais estabelecimentos para reunir amigos”, finaliza.