Corinthians conquista Paulistão
O time empatou com Ponte Preta por 1 a 1 e garantiu troféu de campeão estadual
Da redação
O Corinthians é campeão no mata-mata dentro de casa. Ontem, o Timão empatou com a Ponte Preta e levantou o troféu do Campeonato Paulista, a 28ª na história. Depois de golear o primeiro jogo por 3 a 0, os corintianos podiam até perder em São Paulo, mas contaram com mais um gol de Romero para empatar por 1 a 1 no 100º jogo na Arena Itaquera, que marcou também o recorde de público, com 46 mil pagantes.
A conquista também serviu para afastar a desconfiança que rondava o time no início da temporada. O Corinthians foi chamado de “quarta força do estado” e se apegou ao ceticismo para crescer e buscar força para vencer todos os grandes desafios que passou pelo estadual: venceu todos os clássicos e não perdeu nenhum jogo na fase final – empatou com São Paulo e Botafogo, além da Ponte Preta no segundo jogo da final.
O técnico Gilson Kleina teve uma semana para trabalhar e, inevitavelmente, perdeu Yago lesionado. Nos poucos trabalhos que abriu para a imprensa acompanhar, testou uma formação com três zagueiros e deu indícios de que tentaria mudar a formação da Ponte para surpreender o Corinthians. Mas, quando confirmou a escalação oficial minutos antes de entrar em campo, o treinador apostou mais uma vez na mesma ideia, com três volantes e três atacantes. As únicas mudanças foram Kadu e Artur no time titular.
Já o Corinthians foi obrigado a mudar duas peças do seu time principal, mas também não apostou em grandes mudanças no sistema de jogo. Paulo Roberto entrou no lugar de Gabriel e Camacho assumiu a função de Rodriguinho, autor de dois gols em Campinas. Os dois jogadores que estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo estavam na Arena e acompanharam a partida das tribunas. No restante, o técnico Fábio Carille manteve a mesma escalação.
Assim como aconteceu no primeiro jogo, o Corinthians entrou em campo muito mais organizado, encurtando sempre os espaços da Ponte, que por sua vez acertou a marcação no meio campo e chegava com mais consistência ao ataque. Lucca era quem mais se movimentava pela esquerda e arriscou algumas finalizações de fora da área. Esse era o caminho mais fácil para colocar Cássio pra trabalhar.
Mas a primeira oportunidade do jogo aconteceu do lado corintiano. E a bola só não tocou o fundo das redes graças à trave direita de Aranha. Aos 29 minutos, o goleiro saiu jogando mal e Kadu completou a bagunça deixando ela cair nos pés de Jadson. O camisa 77 levantou a cabeça e cruzou no segundo pau para Romero, que ajeitou de cabeça para Maycon. O volante soltou a perna esquerda, ela explodiu no poste e sobrou com Jô, que não conseguiu aproveitar.
Diferente do primeiro jogo, a Ponte se arriscava um pouco mais, talvez pela complacência do adversário. O Corinthians em muitos momentos abdicou de ficar com a bola, aguardando os erros frequentes de passe do adversário. Ainda assim, o retorno de Marllon ao time titular deu muito mais consistência para a zaga dos campineiros, combatendo as jogadas de Jô. Ao final do primeiro tempo, o time visitante tinha 56% da posse de bola e sete finalizações.
Restando apenas 45 minutos, Gilson Kleina finalmente resolveu mudar a forma que jogo. Jadson deu lugar a Ravanelli no meio campo, buscando melhorar a troca de passes e as finalizações de fora da área. Mas a estratégia da Ponte Preta não durou muito isso, já que o Corinthians conseguiu abrir o placar com 17 minutos, em mais uma falha coletiva na marcação campineira, que terá muitos problemas para discutir até o final da temporada.
Mais uma vez Fernando Bob cochilou numa saída de bola e passou muito mal. Fagner conseguiu recuperar a posse e já soltou com Jadson na direita. Ele viu a marcação completamente bagunçada a sua frente e lançou Romero pelo meio. O artilheiro da Arena Corinthians, no centésimo jogo diante da torcida, bateu rasteiro contra Aranha, que espalmou com a perna. No rebate ele não desperdiçou e se atirou na bola, num carrinho que explodiu as arquibancadas.
A torcida do Corinthians chegou a soltar o grito de campeão, mas Marllon pediu licença para marcar o gol de honra da Ponte. Numa falta cobrada por Ravanelli na intermediária, o zagueiro apareceu no segundo pau para tocar com a perna esquerda e deixar tudo igual na decisão. Mas já era tarde e o relógio marcava 40 minutos.
Paranaense
O Coritiba não teve maiores dificuldades no Couto Pereira e garantiu o título do Campeonato Paranaense ontem. Em mais um clássico com o Atlético-PR, segurou um empate sem gols dentro de casa e levantou a taça do estadual.
A igualdade simples garantiu o título para o Coxa – venceu o jogo de ida por 3 a 0.