Um novo negócio: aluguel de Malas
Serviço recém chegado na capital goiana, o aluguel de malas é uma boa alternativa para quem não tem espaço em casa para guardar malas
Toni Nascimento
Hallen Vilela França, 27 anos, é secretário Geral do Instituto Wallon e sua função exige viagens recorrentes. Há pouco tempo ele encontrou em um aplicativo de compras e vendas, o OLX, uma oferta para aluguel de malas. A surpresa inicial logo deu lugar à satisfação pela praticidade do serviço oferecido. O jovem alega considerar mais lucrativo alugar as malas do que comprar, podendo assim se adaptar as necessidades de cada tipo de viagem.
O aluguel de malas é uma novidade muito recente no mercado nacional, tornando-se popular inicialmente no eixo Rio de Janeiro e São Paulo no final do ano passado. A nova moda tornou-se mais difundida nos últimos dois meses na região Centro-Oeste, mais especificamente na capital goiana. Rene Nunes dos Santos, 39 anos, aproveitou a onda e abriu o negócio em sua própria casa.
O empresário trabalhava em sociedade com transporte de cargas, mas o negócio não deu certo e acabou perdendo muito dinheiro. Logo depois um amigo que havia acabado de viajar para São Paulo lhe contou que tinha conhecido um novo serviço pela internet e que a primeira vista parecia lucrativo. Rene então se dedicou a pesquisa, fez uma consultoria no Sebrae e chegou a conclusão que não tinha o valor suficiente para começar o negócio.
Sem saída, o empresário percebeu que apesar das dificuldades não podia deixar a oportunidade passar. Vendeu seu veículo usado por 20 mil reais e começou o seu próprio negócio. Ao invés de comprar uma franquia de aluguel de malas, que apesar de ser um investimento mais seguro sairia bem mais caro, ele entrou em contato com alguns empresários do ramo para comprar as malas diretamente deles.
Serviço
O serviço oferece várias possibilidades de aluguel, tendo três variedades de mala: pequena, média e grande. O valor irá variar conforme o tamanho da mala e a quantidade de dias que o cliente ficará com ela. O tempo pode ir de cinco dias até 30 dias e o preço de 25 até 160 reais. Também existe uma variedade de modelos, da mala infantil para a adulta.
Gabriella Ferreira, 29 anos, é advogada e também conheceu o serviço através do aplicativo e se tornou uma cliente do Rene. No último mês ela teve a primeira experiência e já consegue enxergar o maior benéficio de adotar o serviço. Para ela, a vantagem está em não precisar guardar malas em casa. Ela mora em um apartamento pequeno e afirma faltar espaço para guardar tudo depois da viagem.
Perfil
Segundo Rene, o perfil dos usuários varia bastante, mas a grande maioria são jovens de 18 a 30 anos. Entre eles muitos estudantes. A maioria das viagens dos seus clientes é para o eixo Rio – São Paulo, com poucas investidas internacionais. Apesar de ter entrado neste mercado há apenas dois meses, o empresário se diz confiante devido ao forte turismo que existe em Goiás, e que apesar dos goianos viajarem fora do período de férias, essas datas ainda são o ponto alto do negócio.
De olho na evolução do ramo, Rene já pensa em algumas formas de crescer no mercado. “Quero fazer parceria com empreendedores de cidades vizinhas ou até mesmo aqui em Goiânia. Já estou estudando uma forma de alugar mochilas para estudantes. Falta somente o capital. Mas acredito que em 2018 estarei alugando as mochilas e também guardando malas para quem não tem espaço em casa” afirmou.
Mas Rene ainda vê o impasse no costume dos goianos. “Outro fator é que muita gente em Goiânia ainda não sabe desse negócio. Tenho divulgado em redes sociais, panfletos e faixas. Os goianos têm o hábito de comprar malas. Terei que divulgar bastante e tentar mudar esse hábito dos goianos”. Em Goiânia ainda não existem franquias que prestem esse tipo de serviço.