Moon Jae-in deve vencer eleição presidencial coreana, indica pesquisa
Moon deve derrotar adversário Hong Joon-pyo, por 41,4% contra 23,3% dos votos, mostraram pesquisas de boca de urna
O político liberal Moon Jae-in venceu a eleição presidencial
da Coreia do Sul nesta terça-feira (9), segundo pesquisas de boca de urna,
conquistando uma vitória já esperada que vai por fim a quase uma década de
governo conservador e trazer uma abordagem mais conciliatória em relação à
Coreia do Norte. As informações são da Agência Reuters.
Moon, de 64 anos, deve derrotar o adversário conservador
Hong Joon-pyo, um ex-promotor, por 41,4% contra 23,3% dos votos, mostraram
pesquisas de boca de urna conduzidas em conjunto por três emissoras de
televisão.
Se confirmada a vitória do candidato do opositor Partido
Democrático, Moon substituiria Park Geun-hye, que foi retirada do poder em
dezembro pelo Parlamento devido a um amplo escândalo de corrupção.
A votação encerra um vácuo de liderança que durou meses
desde o impeachment de Park, que se tornou a primeira líder
sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo. Park está presa e
em julgamento, mas nega qualquer irregularidade. Ela decidiu não votar, relatou
a mídia da Coreia do Sul.
Uma pesquisa do instituto Gallup Korea da semana passada
mostrou Moon com 38% de apoio entre 13 candidatos, e o político de centro Ahn
Cheol-soo como seu adversário mais próximo com 20% das intenções de voto.
Moon favorece o diálogo com a Coreia do Norte para aliviar a
crescente tensão sobre os programas nuclear e de mísseis em andamento pelo
regime de Pyongyang. Ele também quer reformar poderosos conglomerados liderados
por famílias, como Samsung e Hyundai, e estimular o gasto fiscal para criar
empregos.
O liberal, que em 2012 perdeu para Park por uma pequena
margem, criticou os dois governos conservadores anteriores por não terem
conseguido refrear o desenvolvimento de armas norte-coreano. Ele defende uma
política dupla de diálogo e de manutenção da pressão e das sanções para
incentivar mudanças.
Em uma transmissão ao vivo no YouTube nesta terça-feira, ele
disse que a Coreia do Sul deveria ter uma atuação diplomática mais ativa para
conter a ameaça nuclear do Norte e não assistir passivamente enquanto os
Estados Unidos e a China conversam entre si. (Agência Brasil)