Inflação e juros básicos devem continuar em queda, diz presidente do BC
A queda do índice deve ser acompanhada do declínio continuado da taxa básica de juros da economia, a Selic
A inflação deve fechar o ano em cerca de 4%, segundo o presidente
do Banco Central, Ilan Goldfajn. A queda do índice deve ser acompanhada do
declínio continuado da taxa básica de juros da economia, a Selic.
Goldfajn disse apostar na aprovação das reformas propostas
pelo governo como fator de indução da recuperação econômica. O presidente do BC
participou ontem (12) do 19º Seminário de Metas para a Inflação, na sede
regional do banco no Rio de Janeiro.
“A reconquista do
controle das expectativas de inflação se tornou prioridade, particularmente
após anos de inflação alta. A ancoragem das expectativas é pré-condição para
alcançarmos uma inflação baixa e estável. Ela precede qualquer processo de
estabilização monetária”, disse Goldfajn.
Para o presidente do BC, o ajuste econômico feito pelo
governo e as reformas propostas, como a da Previdência e a trabalhista, já se
refletem na melhora da percepção do país pelos agentes econômicos e
investidores.
“Todo o esforço de política econômica deste governo, que
implementou várias reformas neste curto espaço de tempo, já mostram resultados
positivos. Diversas reformas e ajustes na economia brasileira aumentaram a
confiança e reduziram a percepção de risco. Isso evidencia maior confiança dos
investidores na capacidade e solvência do país, fruto das reformas e do foco no
combate à inflação”, analisou.
Goldfajn também destacou que a melhora na economia permite a
redução da taxa básica de juros, o que, segundo ele, leva à expansão do crédito
e ao consequente aquecimento das vendas e da produção, com reflexo no nível de
emprego.
“A taxa básica de juros, a Selic, está em um processo de
queda. Na última reunião do Copom [Comitê de Política Monetária], foi reduzida
a 11,25% ao ano, queda de um ponto percentual. As taxas de juros reais também
estão declinando no Brasil. Após atingir o auge, em setembro de 2015, com 9%,
declinou para 4,5% nos últimos dias”, comparou. (Agência Brasil)