Bando era especialista em roubo de pneus
Grupo era suspeito de furtar mais de 700 pneus e rodas
Caio Marx
A Polícia Rodoviária Federal juntamente com a Polícia Civil, desencadearam a Operação “Corsários do Asfalto”. O objetivo da ação foi desmantelar uma quadrilha que atuava com o assalto a veículos de carga para a retirada e revenda de pneus, rodas e outros pertences dos motoristas. Seis suspeitos foram presos e duas pessoas ainda estão foragidas.
De acordo com as investigações, mais de 50 caminhoneiros já foram vítimas do grupo nas rodovias de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Estima-se que o número de pneus e rodas roubados já ultrapassa 700. O material roubado era revendido ilegalmente ou trocados por veículos de luxo.
Segundo a polícia, a quadrilha era composta por oito pessoas, quatro assaltantes, dois receptadores e dois compradores. Os assaltantes residiam na cidade de Goianésia, e são dos Estados de Sergipe e Maranhão, ambos com passagens pela polícia por latrocínio, roubo e homicídio. Os suspeitos são investigados por associação para prática criminosa, latrocínio, roubo, cárcere privado e receptação qualificada.
A ação foi estendida entre os municípios de Goiânia, Goianésia e Anápolis, onde os mandados de prisão e busca apreensão foram cumpridos. As prisões foram efetuadas pelo Grupo Tático da Polícia Civil de Goiás (GT3), e por políciais de Grupos especializados da PRF.
Comando
O centro das ações eram comandadas de Goianésia, onde os pneus eram ocultados e repassados aos receptadores de Goiânia e Anápolis, que também foram presos na operação. Dentro da organização, as funções eram distribuídas, primeiramente, no assalto e retirada dos pneus, em seguida, chegando à cidade, o material era repassado aos receptadores e, a partir disso, era feita a revenda das rodas. Todo esse processo não levava mais de dois dias e, a cada remessa, eram repassados de 30 a 60 pneus.
Além do roubo e comércio ilegal dos pneus, com a quadrilha, foram encontrados sete veículos, todos roubados e/ou placas clonadas. Dois caminhões, que eram usados para fazer os assaltos e cinco veículos de passeio, todos de luxo. Segundo a polícia, os indivíduos encomendavam o furto dos automóveis e negociavam a troca pelos pneus roubados.
A investigação que desencadeou a operação, contou com colaboração e participação do Núcleo de Inteligência da PRF/TO, Núcleo de Inteligência Operacional de Alto Araguaia da Polícia Civil do Mato Grosso e do Serviço de Inteligência de Goiás.