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domingo, 22 de dezembro de 2024
Ingresso falso

Quadrilha falsificava ingressos dos parques Multirama e Zoológico

O Ministério Público do Estado de Goiás através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou ontem (23) a Operação Multigrana contra uma organização criminosa instalada na Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer de Goiânia (Agetul) que era especializada no desvio de dinheiro de ingressos dos parques Mutirama e Zoológico.  […]

Postado em 24 de maio de 2017 por Sheyla Sousa
Quadrilha falsificava ingressos dos parques Multirama e Zoológico

O Ministério Público do Estado de Goiás através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou ontem (23) a Operação Multigrana contra uma organização criminosa instalada na Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer de Goiânia (Agetul) que era especializada no desvio de dinheiro de ingressos dos parques Mutirama e Zoológico. 

De acordo com depoimentos já colhidos pelo Gaeco, a organização criminosa funciona há pelo menos quatro gestões diversas na autarquia municipal, o que só foi erradicado com a presente operação. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, cinco mandados de condução coercitiva e 12 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

Os prejuízos ainda estão sendo calculados pelo MP-GO, porém, estimativas iniciais apontam que a organização desviava cerca de R$ 60 mil por final de semana de funcionamento, aproximadamente R$ 3 milhões por ano, somente no Parque Mutirama. A Agetul explicou que os servidores envolvidos no esquema falsificavam os ingressos e desviavam o dinheiro que era arrecadado na bilheteria. Com isso, de todo o lote vendido no dia, apenas uma parte dos comprovantes eram verdadeiros.

Segundo o atual presidente da Agetul, Alexandre Magalhães, desde que assumiu a Agência começou a realizar um maior controle da venda de ingressos e comparar a bilheteria arrecadada pela atual gestão com anos anteriores. “Quando assumimos a Agência neste ano, observamos que havia no órgão uma formação criminosa, que cometia o desvio de dinheiro advindo da venda dos ingressos. Porém, o crime foi identificado somente após o controle da venda de ingressos”, afirmou Magalhães. 

Ainda de acordo com o presidente, com a descoberta do esquema, a atual gestão da Agência começou a repassar em janeiro os comparativos e as informações ao Ministério Público. Com os dados em posse do MP e com a colaboração da Agencia, a investigação culminou na deflagração da Operação desta terça-feira.


Providência

O presidente do órgão informou que a atual gestão está trabalhando para que o controle da venda de ingressos seja mais rigoroso. Para isso, foi aberto um processo para aquisição de catracas eletrônicas a fim de controlar o fluxo de visitantes dos parques. Além disso, foi implantada a utilização de pulseiras numeradas por parte dos visitantes para controle do número de ingressos vendidos.

Em nota, a prefeitura de Goiânia explicou que acompanha com muita atenção o desenrolar da operação do Ministério Público e que tem colaborado com as investigações, no intuito, sobretudo, de ver esclarecidas as denúncias. Além disso, a Prefeitura reiterou toda sua confiança no trabalho do órgão ministerial e ressaltou que haverá um grande empenho para que todos os culpados sejam devidamente identificados e punidos de acordo com a legislação pátria. (Caio Marx)

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