Polenta frita: o segredo do petisco mais procurado no Festival de Nova Veneza
O alimento pode ser servido cozido, acompanhado com leite ou grelhado com carne ou fritas
Da redação
Quase meia tonelada de fubá já foi encomendada para preparar o petisco mais procurado durante o Festival Italiano de Nova Veneza: a polenta frita. Segundo os organizadores do evento, que será realizado entre os dias 1º e 4 de julho, mais de 800 porções de polenta chegam a ser vendidas por dia.“Para chegar à receita que servimos hoje, fizemos alguns testes com diferentes tipos de fubá até que chegamos ao resultado que queríamos, uma polenta frita crocante como batata frita e que é hoje o prato mais procurado na Cantina da Nona, a cozinha oficial do festival”, explica Maria do Carmo Basílio, uma das organizadoras do evento gastronômico.
A receita do petisco é simples. “É uma receita fácil, mas tem seus segredos, o tempo de cozimento é um deles. Por exemplo, depois de dissolver o fubá na água fria, se o colocarmos na água quente, na hora errada, pode empelotar, e, se deixar cozinhar de menos, a polenta fica dura”, explica Vânia Maria Alves, chef da Cantina da Nona.
Ela esclarece que, como se cozinha a polenta em grandes quantidades, panelas e conchas adequadas também fazem diferença no preparo do prato, além da qualidade e da temperatura do óleo para a fritura. Mas o principal segredo da iguaria, segundo Vânia, é fritar sempre a polenta fresca: “Preparamos a polenta sempre um dia antes, assim, quando fritamos, ela fica mais crocante, porque a massa está fresca”.
Coringa
Entre os italianos, a polenta é um coringa da alimentação e está presente em diferentes ocasiões do dia e no jantar. Pode ser servida cozida, acompanhada por um copo de leite, grelhada com carne ou frita, como petisco.
O petisco tem origem na região norte da Itália e fazia parte da base alimentar da população e dos legionários romanos. Era feita principalmente de farinha de aveia, mas podiam ser utilizadas farinhas de outros cereais como o trigo. Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe, em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, esse cereal passou a ser cultivado primariamente no norte, onde as chuvas são abundantes. A partir de então, é que a polenta passou a ser feita de farinha de milho.
A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a substituir o pão e o macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo passou a dominar os aspectos da culinária italiana. Sempre foi feita misturando a pasta de milho em caldeirões de cobre aquecidos sobre o fogo.