Confiança Empresarial atinge maior nível desde dezembro de 2014
Índice de Confiança Empresarial subiu 1,2 ponto em maio e chegou a 86,4 pontos, revela pesquisa
O Índice de Confiança Empresarial(ICE) avançou 1,2 ponto em
maio na comparação com abril (0,0 ponto) e atingiu 86,4 pontos, o maior nível
desde os 87,7 pontos de dezembro de 2014. Os dados foram divulgados hoje (31),
no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV).
Com o resultado de maio, na avaliação do superintendente de
Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Jr., a confiança empresarial
manteve a tendência de alta observada desde o início do ano.
“A boa notícia é a redução virtuosa da distância, ainda
grande, entre o nível dos indicadores que medem a percepção sobre o presente e
os de expectativas. A má notícia é que a maior parte da coleta de dados para o
fechamento deste mês já havia sido realizada quando uma nova crise política foi
deflagrada no país, em 17 de maio”, disse Campelo Jr. Para ele, “o aumento da
incerteza provocado por eventos dessa natureza tende a impactar negativamente
as expectativas”.
Agregação dos indicadores
A partir deste mês, a FGV passa a divulgar o ICE com a
agregação dos indicadores-síntese das quatro sondagens empresarias produzidas
pelo Ibre, consolidando os índices de confiança dos quatro macrosetores
cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE: indústria,
serviços, comércio e construção.
A agregação é realizada por pesos econômicos, tendo como
referência dados extraídos das pesquisas estruturais anuais do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. A variável de ponderação dos setores é o
valor adicionado, exceto pelo setor de comércio, cujo peso é determinado pela
margem de comercialização. Segundo a FGV, as séries completas dos indicadores
de confiança empresarial “serão dessazonalizadas a cada mês”.
Diferentes horizontes
Ainda segundo a publicação da FGV, considerando-se os
diferentes horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para a alta da
confiança em maio foi dada pelo Índice de Situação Atual (ISA-E), com alta de
1,1 ponto, indo a 80,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,3
ponto, alcançando 95 pontos.
A FGV ressaltou que o distanciamento entre a percepção atual
dos empresários e as expectativas pode ser visto também nas quatro sondagens
que compõem o resultado empresarial. A sondagem com a maior diferença entre expectativas
e percepção atual é da construção com 20,9 pontos, seguida por serviços com
13,8 pontos e comércio com 11,9, enquanto a indústria apresenta um
distanciamento menor: 6,7 pontos.
com maior peso na composição do indicador: indústria e serviços. Segundo a FGV,
no comércio houve ligeira queda (-0,5 ponto), após alta acumulada de 10,2
pontos nos três meses anteriores, enquanto a construção continua apresentando
resultados bem inferiores aos dos outros setores, retratando um setor ainda em
clima de recessão.
em 4.932 empresas dos quatro setores, durante os dias 2 e 25 deste mês. (Agência
Brasil)