Em seis meses, 40 pessoas foram vítimas de sequestro
Na maioria das vezes, os criminosos tentam extorquir dinheiro dos sequestrados e depois os libertam
Marcus Vinícius Beck
Entre outubro do ano passado e abril deste ano, pelo menos 40 pessoas foram vítimas de cárcere privado. Na maioria das vezes, os criminosos tentam extorquir dinheiro dos sequestrados e depois os libertam. Ontem (1), a Polícia Civil conseguiu prender quatro homens suspeitos de sequestrar a família de um gerente de banco durante assalto à instituição, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com depoimento das vítimas, o grupo agiu violentamente. Porém, eles não conseguiram levar nenhuma quantia em dinheiro na ação.
O crime aconteceu no dia 8 de fevereiro. O gerente do banco chegava em casa de carro, com esposa e filha de 3 anos, quando foi surpreendido pelos bandidos. Paulo Henrique Ferreira Araújo, de 25 anos, Rafael Wesley Ferreira Silva, de 24 anos, Erick Vinícius de Oliveira Passos, de 24 anos, e Wesley Pereira Farias, 24 anos, falaram que se tratava de sequestro e mantiveram as vítimas presas em casa por 10 horas.
“De madrugada, o Erick foi para uma estrada de terra em Abadiânia com a mulher e a filha do gerente e os manteve lá, enquanto o restante do grupo foi com o gerente até o banco para sacar o dinheiro dos do cofres”, declarou o delegado Alex Vasconcelos, dizendo que os ladrões desistirão de roubar o banco. “Eles desistiram de roubar a instituição e abandonaram a família no mato”, completa.
A polícia chegou ao local depois de receber denuncias de vizinhos, que desconfiaram da movimentação estranha na casa das vítimas e também no banco. Quando o delegado chegou ao local, o gerente afirmou que a família estava sendo reféns e os criminosos estavam do lado de fora da instituição financeira.
Segundo o delegado, os criminosos vão responder por extorsão mediante sequestro e associação criminosa.
Outros casos
Cinco pessoas foram presas suspeitas de terem envolvimento com sequestro e tentativa de assalto a uma agência bancária de Itauguru, que fica a 120 km de Goiânia. De acordo com o Tenente Coronel Ricardo Mendes, foram usadas algumas armas no crime também, mas os artifícios foram apreendidos pela PM.
No ano passado, um homem foi feito de vítima em sequestro relâmpago, na Setor Cidade Jardim, em Goiânia. À época, a Polícia Militar (PM) disse que a vítima estava em um estabelecimento comercial quando um menor lhe deu voz de assalto, obrigando-a a entrar em seu próprio carro.
Outro caso também espantou os goianienses. Danies Rezende, arquiteto goiano, de 39 anos, estava desaparecido havia um dia. Ele foi encontrado em São Paulo, porque familiares iniciaram corrente nas redes sociais e registraram boletim de ocorrência em busca do rapaz. Danilo entrou em contato com a mãe pela manhã, informando-a de que os ladrões o sequestraram e o abandonaram em uma praça na capital paulista.
Dinheiro
Há casos também que os assaltantes visam exclusivamente o dinheiro das vítimas. No Setor Bueno, uma dupla de assaltantes armados com calibre 38 fez duas vítimas reféns. O edifício fica na Rua T-66, que é um dos pontos mais movimentados da região.
Um dos suspeito obrigou a vítima a sacar R$ 2.000 do banco e depois entregá-lo para os assaltantes. De acordo com relato da PM à época, o porteiro do edifico ouviu disparo de arma dentro do apartamento. Em seguida, a PM foi acionada e a dupla encaminhada para o 20° Distrito Policial, no Setor Sudoeste.