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sábado, 6 de dezembro de 2025
Síria

Violência ameaça mais de 400 mil

No último fim de semana, três refugiados internos, incluindo uma grávida, morreram devido à explosão de uma mina terrestre e duas escolas foram destruídas em ataques aéreos

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 7 de junho de 2017
Violência ameaça mais de 400 mil
No último fim de semana

ea3c2f45f9be470c641640e26d2710f5O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) afirmou que está profundamente preocupado com a segurança e a proteção de mais de 400 mil pessoas que vivem na região de Raqqa, na Síria, cidade que é tida como a capital de fato do Estado Islâmico. 

Segundo a agência da ONU, homens, mulheres e crianças estão expostos a lutas e bombardeios diários na região. A informação é da ONU News.

No último fim de semana, três refugiados internos, incluindo uma grávida, morreram devido à explosão de uma mina terrestre e duas escolas foram destruídas em ataques aéreos. 

Desde primeiro de maio mais de 160 mil pessoas ficaram deslocadas na região. O Ocha também registrou o retorno de aproximadamente 4 mil pessoas para áreas mais calmas neste momento.

A ONU pediu às partes em conflito acesso incondicional e sem impedimentos a mais de 4,5 milhões de pessoas que estão em áreas sitiadas ou de difícil alcance por toda a Síria. Já a agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) alertou que a falta de fundos está colocando em risco mais de 60 mil famílias sírias refugiadas no Líbano e na Jordânia.

Segundo a Acnur, 70% dos refugiados sírios no Líbano estão vivendo abaixo da linha de pobreza. Em Genebra, o porta-voz da agência, Andrej Mahecic, disse que para muitas famílias “o dinheiro recebido como ajuda é o único meio para comprar comida e remédios”.

Ele afirmou que “sem esses fundos [para a Acnur], algumas das famílias deixarão de receber o benefício já a partir de julho”. A agência da ONU precisa de quase US$ 190 milhões para cobrir os programas de assistência no Líbano e na Jordânia, onde vivem mais de 1,6 milhão de refugiados sírios. (Abr)

 Tomada de Al Raqqa será “golpe decisivo”

A ofensiva contra a cidade de Al Raqqa, no nordeste da Síria, representará um “golpe decisivo” na ideia de califado do Estado Islâmico (EI), disse ontem o comandante da coalizão internacional que combate os jihadistas, o general norte-americano Stephen Townsend. A informação é da EFE.

“É difícil convencer novos recrutas de que o EI é uma causa vencedora quando o grupo perder suas duas ‘capitais gêmeas’, tanto na Síria como Iraque”, disse Townsend em um comunicado, em referência às cidades de Al Raqqa e Mossul, esta prestes a ser recuperada no Iraque.

“O Estado Islâmico ameaça todas as nossas nações, não só o Iraque e a Síria, mas também nossos países [ocidentais]. Ele não pode ser tolerado”, disse Townsend, citando os últimos ataques no Reino Unido.

Longa e difícil

A coalizão apoia as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas que começou nesta terça-feira uma ofensiva contra Al Raqqa, considerada como a capital do califado autoproclamado pelos radicais em junho de 2014. O general afirmou que a luta para recuperar a cidade será “longa e difícil”, mas representará um duro golpe nos jihadistas.

No texto, o general disse que a FSD e a coalizão iniciaram as operações na província de Al Raqqa em novembro. Desde então, as tropas se aproximaram e fizeram um cerco ao redor da cidade.

A nota destaca ainda que a milícia curda pediu aos civis para deixarem a região para que não sejam sequestrados ou usados como escudos humanos pelos membros do EI.

A FSD afirmou que, após a conquista de Al Raqqa, um órgão representativo de civis da região ficará encarregado da segurança e do governo local.

(Agência Brasil)

Foto: Unicef/Al-Issa 

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