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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Cidades

Bebês são colocados em caixas de papel em Aparecida de Goiânia

Ainda faltam lençóis limpos e insumos para realização de exames. Unidade alega que problema se dá por causa da superlotação

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 14 de junho de 2017
Bebês são colocados em caixas de papel em Aparecida de Goiânia
Ainda faltam lençóis limpos e insumos para realização de exames. Unidade alega que problema se dá por causa da superlotação

Marcus Vinícius Beck

A Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, abriga crianças recém-nascidas em caixas de papelão, segundo pacientes. O hospital, no entanto, reconhece o problema e diz que a situação é devido à superlotação nas unidades de saúde. Recentemente, funcionários acomodaram dois bêbes em caixas de papelão ao lado das mães. 

Atualmente, falam até insumos para fazer ultrassonografia. “Colocam a gente em ordem para fazer exame e fiquei sabendo que estavam passando outras pessoas na frente porque não tem preservativo para pôr no aparelho que faz o exame para ver o útero”, afirma. 

Mas não são apenas berços que faltam na unidade. “Chega ao ponto da mulher ganhar neném de parto normal e ficar lá, precisando de roupa para repor, como lençol da cama, que não tem”, diz a dona de casa Rosa Maria de Castro. “A gente vai atrás e eles falam que não tem”.


Outro lado

A Maternidade Marlene Teixeira informa que problemas acontecem devido à superlotação na unidade. Já sobre os bebês colocados em caixas de papelão, o diretor técnico da unidade, Itamar Júnior, diz que foi uma medida emergencial. “A opção era ficar com as crianças no colo, no seio. Foi um improviso no pós-parto para dar repouso à mãe. Foi um dia isolado por causa da demanda grande”, afirma. 

O diretor-geral da maternidade, Denysson José Morais Lopes explicou que não houve quaisquer riscos de contaminação das crianças que ficaram nas caixas. “Logo a unidade começou a dar vasão em relação às gestantes e vagas, leitos, foram surgindo para as nossas pacientes. As crianças ficaram nas caixas em torno de quatro, cinco horas”, diz o diretor-geral.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a atitude foi tomada com o consentimento da mãe. Segundo a pasta, ela supostamente havia compreendido a necessidade da situação. “Ela entendeu e foi bem assistida, assim como a criança”, assegura a secretaria. 

Já sobre os leitos, a Secretaria garantiu que está os ampliando de 13 para 23. “Mais de 30% de sua capacidade normal foi aumentada, uma vez que as unidades da capital estão com capacidade reduzida”, explica, salientando que em janeiro a maternidade realizava 70 partos por mês e hoje são 130.


Superlotação

A unidade afirma que a superlotação se deu por causa da falta de lençóis, uma vez que a direção os pediu para a Secretaria de Saúde, que não atendeu a solicitação. Já sobre a falta de preservativo, a maternidade explica que chegaram poucas unidades na manhã de ontem (13).

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