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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Estados Unidos

Donald Trump não realiza jantar do fim do ramadã

O “jantar de iftar” da Casa Branca é uma tradição vinha sendo mantida anualmente pelos presidentes americanos desde 1999, com Bill Clinton

Postado em 27 de junho de 2017 por Sheyla Sousa
Donald Trump não realiza jantar do fim do ramadã
O “jantar de iftar” da Casa Branca é uma tradição vinha sendo mantida anualmente pelos presidentes americanos desde 1999

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pôs fim a uma tradição de quase 20 anos e não realizou na Casa Branca o habitual jantar de “iftar”, com representantes da comunidade muçulmana, que marca o fim do ramadã, prática religiosa islâmica na qual os fiéis praticam jejum. A informação é da agência EFE.

Iftar é o nome dado à refeição ingerida durante a noite com a qual se quebra o jejum diário durante o mês islâmico do Ramadã. O “jantar de iftar” da Casa Branca é uma tradição vinha sendo mantida anualmente pelos presidentes americanos desde 1999, com Bill Clinton.

O ramadã, que cai no nono mês do calendário islâmico, este ano começou em 27 de maio e terminou ao pôr do sol no último sábado, que é quando os muçulmanos de todo o mundo realizam o Eid al-Fitr, a “festa da ruptura do jejum”.

Ao invés da comemoração na Casa Branca, este ano o governo dos EUA se limitou a emitir um comunicado no qual Trump expressou sua “calorosa felicitação” pela celebração.

“Os muçulmanos nos Estados Unidos se uniram aos de todo o mundo durante o mês sagrado do ramadã para se concentrar em atos de fé e caridade. Agora, quando festejam a Eid com seus familiares e amigos, continuam a tradição de ajudar os vizinhos e compartilhar o pão com pessoas de todas as classes sociais”, ressaltou a nota.

O antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama, costumava convidar líderes muçulmanos dos EUA, inclusive os congressistas, para o jantar do fim do jejum do ramadã. Antes dele, os presidentes Bill Clinton e George W. Bush mantiveram a tradição. Vale destacar que o primeiro presidente a organizar um jantar deste tipo na Casa Branca foi Thomas Jefferson, em 1805.

Supremo 

A Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu ontem uma vitória ao presidente Donald Trump, ao admitir o trâmite ao veto migratório destinado a proibir a entrada de refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Com a decisão dos juízes, o governo poderá negar a entrada de indivíduos que não tenham familiares em território americano ou que não tenham obtido previamente um posto de trabalho no país. A informação é da agência EFE.

Concretamente, em um documento de 13 páginas, o Supremo determinou que Trump poderá proibir o acesso de estrangeiros “que não tenham nenhuma relação genuína com uma pessoa ou uma entidade dos EUA”.

A decisão da justiça permitirá que entre em vigor uma das partes essenciais do veto migratório de Trump: a anulação, durante 120 dias, do programa de acolhida a refugiados, que por definição estão fugindo dos seus países de origem e não têm nenhuma relação com os EUA. (Abr) 

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