Donald Trump não realiza jantar do fim do ramadã
O “jantar de iftar” da Casa Branca é uma tradição vinha sendo mantida anualmente pelos presidentes americanos desde 1999, com Bill Clinton
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pôs fim a uma tradição de quase 20 anos e não realizou na Casa Branca o habitual jantar de “iftar”, com representantes da comunidade muçulmana, que marca o fim do ramadã, prática religiosa islâmica na qual os fiéis praticam jejum. A informação é da agência EFE.
Iftar é o nome dado à refeição ingerida durante a noite com a qual se quebra o jejum diário durante o mês islâmico do Ramadã. O “jantar de iftar” da Casa Branca é uma tradição vinha sendo mantida anualmente pelos presidentes americanos desde 1999, com Bill Clinton.
O ramadã, que cai no nono mês do calendário islâmico, este ano começou em 27 de maio e terminou ao pôr do sol no último sábado, que é quando os muçulmanos de todo o mundo realizam o Eid al-Fitr, a “festa da ruptura do jejum”.
Ao invés da comemoração na Casa Branca, este ano o governo dos EUA se limitou a emitir um comunicado no qual Trump expressou sua “calorosa felicitação” pela celebração.
“Os muçulmanos nos Estados Unidos se uniram aos de todo o mundo durante o mês sagrado do ramadã para se concentrar em atos de fé e caridade. Agora, quando festejam a Eid com seus familiares e amigos, continuam a tradição de ajudar os vizinhos e compartilhar o pão com pessoas de todas as classes sociais”, ressaltou a nota.
O antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama, costumava convidar líderes muçulmanos dos EUA, inclusive os congressistas, para o jantar do fim do jejum do ramadã. Antes dele, os presidentes Bill Clinton e George W. Bush mantiveram a tradição. Vale destacar que o primeiro presidente a organizar um jantar deste tipo na Casa Branca foi Thomas Jefferson, em 1805.
Supremo
A Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu ontem uma vitória ao presidente Donald Trump, ao admitir o trâmite ao veto migratório destinado a proibir a entrada de refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Com a decisão dos juízes, o governo poderá negar a entrada de indivíduos que não tenham familiares em território americano ou que não tenham obtido previamente um posto de trabalho no país. A informação é da agência EFE.
Concretamente, em um documento de 13 páginas, o Supremo determinou que Trump poderá proibir o acesso de estrangeiros “que não tenham nenhuma relação genuína com uma pessoa ou uma entidade dos EUA”.
A decisão da justiça permitirá que entre em vigor uma das partes essenciais do veto migratório de Trump: a anulação, durante 120 dias, do programa de acolhida a refugiados, que por definição estão fugindo dos seus países de origem e não têm nenhuma relação com os EUA. (Abr)