Grávida foi dopada antes de ser assassinada
De acordo com a PolÃcia Civil, uma mulher teria matado uma gestante enforcada, e em seguida cortado sua barriga para retirar o bebê
Wilton Morais
O crime aconteceu na ultima terça-feira (27), em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a PolÃcia Civil (PC), uma mulher teria matado uma gestante enforcada, e em seguida cortado sua barriga para retirar o bebê. A suspeita Suelen Coimbra do Carmo, após realizar o parto forçado, enterrou o corpo de Naiara Silva Costa em uma cova no quintal da casa onde morava. A criança também não resistiu e acabou morrendo.
Quando as vÃtimas foram encontradas pela PolÃcia, Naiara estava enrolada em cobertas, dentro do buraco, já fechado. Já a criança estava envolta de panos no quarto da suspeita, dentro de uma bacia. Segundo informou a PC, Suelen confessou o crime e disse ter sofrido um aborto há cerca de dois meses. A vÃtima estava no 8º mês de gestação e conheceu a suspeita por meio de redes sociais, em um grupo de ajuda para pessoas necessitadas.
Investigação
A principal hipótese, de acordo com a PC, é de que a suspeita tinha interesse em ficar com a criança. Segundo a delegada que investiga o caso Azuen Magda Albarello, Suelen fez a vÃtima passar mal e a enforcou, o que causou o óbito. Na tentativa de fazer o parto forçado, o bebê não resistiu.
Já a cova, conforme explicou a PC, teria sido cavada pelo servente de pedreiro Marcos Pereira, que teria sido pago por Suelen, para cavar o buraco. A suspeita teria alegado que faria uma horta no local. Desconfiado de que o buraco teria dois metros de comprimento por um de profundidade, Marcos chamou a polÃcia. A PolÃcia encontrou na residência luvas, um bisturi e medicamentos utilizados para dopar a gestante.
Ainda ontem (28), a PolÃcia Civil começou a ouvir parentes e vizinhos de Suelen. A suspeita permanece detida, à disposição do Poder Judiciário. Para a polÃcia, não há indÃcios de que o companheiro de Suelen, que seria o pai da criança que ela perdeu, teria participação no crime. A suspeita teria utilizado uma barriga falsa para não transparecer que havia perdido o bebê.
Crime
No inicio deste mês, a justiça mineira julgou um crime com as mesmas caracterÃsticas em Ponte Nova, Minas Gerais. O caso aconteceu em junho de 2015. A ré Gilmaria Silva PatrocÃnio foi condenada a pena de 34 anos de prisão.
À época do crime, a vÃtima PatrÃcia Xavier da Silva teve a barriga cortada por Gilmaria para retirar a criança. O bebê sobreviveu e hoje, com quase dois anos, vive com os avós. A ré foi condenada por homicÃdio, com quatro qualificadoras; motivo torpe, mediante dissimulação, com emprego de meio cruel e para assegurar a execução de outro crime.
A condenação também foi pelos crimes de perigo para vida de outra pessoa, de ocultação de cadáver, de subtração de incapaz e de dar parto alheio como próprio. A mulher não poderá recorrer em liberdade.