Neste ano, mais de 800 árvores caíram em Goiânia
O intuito, no entanto, é melhorar a visibilidade em pontos estratégicos da cidade, como sinaleiros e vias expressas
Da Redação
Todo cuidado é pouco com retirada de árvores. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) é a responsável pela podagem em áreas verdes. O intuito, no entanto, é melhorar a visibilidade em pontos estratégicos da cidade, como sinaleiros e vias expressas, cuja periculosidade nelas é alta. “A podagem permite que as árvores se fortaleçam, e cresçam com sustentabilidade”, afirma a instituição.
Já o Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirma que para solicitação de poda ou retirada de árvore de local público é necessário abrir ofício na Prefeitura. A conduta é regulamentada pelo Decreto Federal n°6.514/08 e, caso o meio-ambiente seja degradado, caberá multa de R$ 100 a R$ 1 mil, além de detenção que varia de três meses a um ano.
Instaurado em 2003, o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) aponta que das cinco árvores mais comuns em Goiânia apenas uma seria adequada para o ambiente urbano.
Se alguma árvore, entretanto, incomoda a população, seja o trânsito ou o livre acesso às calçadas, a Agência de Meio Ambiente (AMMA) dá possibilidade de abrir processo para a retirada.
Mudas
Recentemente, a Amma disponibilizou 1,5 mil mudas de árvores para o Mutirão da Prefeitura que foram distribuídas à população das regiões sul e sudoeste, por meio do Programa Plante a Vida. O órgão, ainda, realizou oficinas de educação ambientes, além de registros de denúncias.
Segundo o presidente da Amma, Gilberto Marquez Neto, o prefeito Iris Rezende estava empenhado em resgatar títulos que foram angariados pela Prefeitura de Goiânia em suas gestões anteriores.
“Os moradores de Goiânia têm preocupação com o meio ambiente e nada melhor do que contar com essa ajuda para conseguirmos volta a cidade com o maior número de árvores”, afirma.
Vias públicas
Nos primeiros sete meses do ano passado, 826 árvores caíram em vias públicas em Goiânia. Na época, a Comurg disse que a idade das árvores era o principal fator para a queda delas. Depois disso, o órgão chegou a podar aproximadamente 20 mil árvores.
Reclamações
Quando chove forte e o comércio fica próximo – ou frente – a uma árvore, comerciantes queixam-se do prejuízo. Valdimiro Pereira, por exemplo, conta que tem um bar, mas sua casa é exatamente em frente ao estabelecimento. “Quando venta forte ninguém consegue dormir à noite. Minha família e eu temos medo”, explicou.
O comerciante afirma que já tentou autorização para derrubar a árvore, mas não conseguiu. “Não posso tirá-la sozinho dali porque depois há consequências”, diz.