Da redação

Foi
protocolada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) na última sexta-feira,
a denúncia contra o capitão da Polícia Militar (PM) Augusto Sampaio de Oliveira
Neto que atacou o estudante Mateus Ferreira da Silva, durante as manifestações
do dia 28 de abril. O PM
já havia sido afastado das ruas e foi indiciado pela Polícia Militar por lesão
corporal grave. A Polícia
Civil também já havia concluído inquérito e indiciado
o capitão por abuso de autoridade, que já seguiu para o MP-GO.

Segundo
Leandro Murata, o coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade
Policial (GCEAP), a decisão de denunciar o PM, fundou-se no fato que a vitima correu
risco de morte: “O Inquérito Policial Militar concluiu pela prática do crime de
lesão corporal, todavia, o Ministério Público denunciou o policial pela prática
do crime de lesão gravíssima, uma vez que entendemos que além do perigo à vida
da vítima a ação causou deformidade duradoura no estudante”, explica o
coordenador.

Segundo
as investigações, o crime foi cometido enquanto o policial estava em serviço,
por isso a denúncia foi protocolada na Justiça Militar.  Na Justiça comum, o Capitão Sampaio também
responde pelo crime de abuso de autoridade de acordo com o procedimento
relatado pela Polícia Civil, o qual já foi distribuído para o 2º Juizado
Especial Criminal. 

Agressão

O
caso aconteceu durante as
manifestações da greve geral em Goiânia no dia 28 de abril, no centro. Mateus
foi socorrido por outros manifestantes, que o colocaram em cima de uma placa
onde recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros. O estudante foi levado para o
Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ficou internado por 18 dias,
sendo 11 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mateus passou por duas
cirurgias e atualmente faz tratamento no Centro
de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (CROF) de Goiânia.