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domingo, 22 de dezembro de 2024
Reforma Trabalhista

Acordo não é cumprido pelo presidente da Câmara

“Rodrigo Maia foi desleal ao dizer que não aceita MP que altera reforma trabalhista”, diz Caiado

Postado em 12 de julho de 2017 por Lucas de Godoi
Acordo não é cumprido pelo presidente da Câmara
"Rodrigo Maia foi desleal ao dizer que não aceita MP que altera reforma trabalhista"

O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
sobre a reforma trabalhista foi inoportuna, desleal, uma “deselegância com o
Senado Federal”. Caiado comentou o assunto durante sessão da Comissão de
Constituição e Justiça, colegiado onde foi firmado acordo para que fosse
editada Medida Provisória com modificações à reforma aprovada ontem no plenário
(PLC 38/2017). Maia afirmou em sua página do Twitter que não aceitaria a edição
de MP com alterações ao projeto.

“A declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
surpreendeu a todos nós porque indiscutivelmente foi uma descortesia, uma
deselegância com o Senado Federal. O Senado tem a função de Casa revisora e
abriu mão dessa prerrogativa em decorrência de um acordo que foi lido na CCJ
pelo líder do governo, publicado e assinado por vários parlamentares em um
gesto suprapartidário. Acordo deve ser cumprido. O presidente da Câmara não
pode agir agora como se esse acordo fosse algo novo e acredito que ele deve ter
a humildade de se pronunciar  e dizer
como foi inoportuna sua declaração que representa um retrocesso diante de um
momento tão grave como o que estamos vivendo agora”, opinou.

“Um presidente da Câmara deve conhecer de cor a realidade
dos acordos que foram feitos por todos que falaram em nome do governo. O Senado
saberá reagir fortemente e exigir que o acordo seja cumprido.  Se não houvesse um entendimento, teríamos
votado as modificações e a matéria iria retornar à Câmara e os deputados
votariam da forma que melhor entendessem”, acrescentou.

O líder do Democratas no Senado destacou que suas propostas ampliam
as proteções ao trabalhador brasileiro. Entre os itens que irão compor a MP
estão três propostas de Caiado que dizem respeito à jornada de 12×36, à
proteção de gestantes e lactantes que atuam em locais insalubres e à
indenização por danos morais.

O texto ainda prevê melhorias como o recuo na cobrança de
multa de 50% ao trabalhador em regime intermitente que descumprir o contrato;
salvaguarda à participação sindical na negociação coletiva; exigência de acordo
coletivo para extensão de jornada em condição de insalubridade; o impedimento
de contrato de exclusividade em contrato com trabalhador autônomo, entre
outros.

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