Cerca de 700 presos são detectados com doenças de pele em presídio do DF
Doenças tem maior possibilidade de proliferação em ambientes com aglomeração de pessoas, como escolas, creches, quartéis e presídios
Doenças de pele são detectadas em presos do Presídio da Papuda, no Distrito Federal (DF), pelo menos desde maio deste ano. As doenças atingiram quase 700 detentos. A questão veio a público esta semana. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) divulgou nota informando que recebeu, em maio, denúncias anônimas informando sobre um possível surto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF, os presos estão recebendo atendimento médico.
As doenças identificadas, segundo a secretaria são a escabiose e o impetigo. “Ambos casos tem maior possibilidade de proliferação em ambientes com aglomeração de pessoas, como escolas, creches, quartéis e presídios”, diz o órgão.
A escabiose é o nome científico da sarna, doença contagiosa causada por um ácaro e, que provoca coceira intensa. Já o impetigo é uma infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele, causando o aparecimento de bolhas com pus. No total, 172 internos no Centro de Detenção Provisória (CDP) foram cometidos pela infecção, enquanto na Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), foram infectados 520 internos. É preciso cautela, pois as doenças são contagiosas.
Denúncia
As denúncias citavam também a falta de atendimento médico e de fornecimento de medicação adequada. A Juíza titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury, oficiou à Secretaria de Saúde do DF para que a medicação fosse fornecida aos detentos ou, em caso de sua falta, que a VEP fosse comunicada, a fim de que pudesse adotar medidas voltadas para o pronto atendimento dos doentes.
Em relatório enviado ao TJDFT, o Núcleo de Saúde da Subsecretaria do Sistema Penitenciário da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Paz Social do DF, diz que foi possível identificar “um grande grupo de internos” com alguma parte do corpo com irritações, mas que isso “não significa que o CDP está passando por um quadro de epidemia e a situação está controlada”.
Em nota à imprensa, a Secretaria diz que estão sendo realizados mutirões de triagem para atendimento aos internos a fim de detectar se há outros casos.
Visitas
Embora tenha informado que alguns parentes possam ter sido contaminados, a Secretaria de Segurança diz que ainda que não há motivos para suspender as visitas aos detentos. “Como medida para prevenir novos casos, haverá higienização das celas e orientações médicas aos presos sobre higiene pessoal, sobretudo na lavagem das mãos”.
(Agência Brasil)