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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Dia do Amigo

A importância de cultivar amizades

A psicóloga clínica Thais Brenner comenta como amizades são construídas e o que proporcionam

Postado em 20 de julho de 2017 por Amanda de Oliveira
A importância de cultivar amizades
A psicóloga clínica Thais Brenner comenta como amizades são construídas e o que proporcionam

Amanda de Oliveira

Nesta quinta-feira
(20), comemora-se o Dia Internacional da Amizade, mais conhecido como o Dia do
Amigo. A data foi criada a partir da necessidade de cultivar as relações
humanas como forma de construir um mundo melhor.

Segundo a psicóloga
clínica Thais Brenner, especialista em terapia cognitiva comportamental, ao
longo da história, o conceito de amizade passou a ser parte importante na
formação do ser humano contemporâneo. “Isto pode ser explicado pelo
desenvolvimento da humanidade, na pré-história, quando o ser humano começou a
formar seus clãs e viver de forma gregária, pois assim tinham a proteção de um
grupo”, explica.

Para a profissional, a
vivência em sociedade permite a identificação com pessoas que não membros da
família, as quais passam a ser consideradas como amigas. Ela ainda aponta que
as amizades desempenham papéis diferentes em cada fase da vida.

“Durante a infância a
criança percebe que não é única. Ela começa a viver em um meio social fora da família,
desenvolver suas habilidades sociais, aprender a dividir e conviver em grupos. Na
adolescência mantém-se a ideia, mas com maior afastamento da família e a
necessidade de fazer parte de um grupo específico, que compartilhe das mesmas
ideias e ideal. Quando se torna adulto, a amizade passa a ter o significado
mais profundo no que se refere a confiança e apoio, pois com o casamento e a
formação de outro grupo familiar, o indivíduo passa a priorizar outros fatores,
e diminui-se o círculo”, declara.

Forte laço afetivo

Maisa e Michelly são
amigas desde 2011, quando se conheceram em um curso de pós-graduação em
ortodontia, em Goiânia. Maisa conta que cada vez mais ao longo do curso elas se
aproximavam e se tornavam amigas. “Eu contava os dias para ver a Michelly. E
aquele foi um período da minha vida muito turbulento, então ela foi um grande apoio
pra mim, um alicerce. Com o passar o tempo fomos percebendo o quanto éramos parecidas
e nos identificávamos”.

Apesar da distância
que as separam hoje, o contato, a cumplicidade e o carinho entre as amigas são
os mesmos. Prova disso é que Michelly possui um lugar reservado, desde muito
antes, como madrinha de casamento de Maisa, que será realizado ainda este ano.

“Ela para mim é uma
irmã, uma mãe, um colo. É tudo. Eu nunca senti em ninguém a confiança que eu
sinto nela, a não ser a minha mãe. Eu posso ligar qualquer dia, a qualquer
hora, que sei que vou ser atendida. Mesmo distante nós somos muito parceiras.
Ela cuida de mim mesmo de longe”.

Michelly acredita que
a amizade surgiu devido as diversas situações intensas que viveram juntas em um
curto período de tempo. “Isso uniu muito a gente. Criamos uma extrema uma na
outra”, conta. “Por eu ser mais velha, eu sempre considerei a Maisa como uma
irmã mais nova. Em certos momentos eu precisava dar umas broncas de mãe mesmo”.

Ao ser convidada para
ser madrinha de casamento de Maisa, Michelly considerou este um ato de carinho, que passa a representar muita responsabilidade. “Quando você recebe este
convite sabe que possui um cantinho especial na vida da pessoa”.

Ela também comenta
que a distância não as impedem de compartilharem momentos, sentimentos ou até mesmo jogar conversa fora. “Sempre
estamos em contato. Mesmo longe escolhemos coisas juntas, discutimos diversos
assuntos, inclusive os estresses do dia a dia”.

A psicóloga Thaís
considera que as amizades são a família que podemos formar com
pessoas que nos identificamos e temos laços afetivos fortes. “A amizade pode
proporcionar experiências ricas e edificantes. Poder dividir problemas,
conquistas, vitórias, derrotas, criar um vínculo e confiança, e é um hábito
saudável. Particularmente, acho incrível como pessoas tão
diferentes podem nos tornarem melhores e nos fazerem mais felizes, nos
ensinando a conviver e aceitar a diversidade”. 

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