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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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HIV

Número de mortes por Aids diminuiu 12% na América Latina desde 2000

O número de portadores de HIV na América Latina totalizou 1,8 milhões as novas infecções seguem estáveis desde 2010, com quase 100 mil casos por ano

Postado em 20 de julho de 2017 por Thais Tomás
Número de mortes por Aids diminuiu 12% na América Latina desde 2000
O número de portadores de HIV na América Latina totalizou 1

O número de mortes relacionadas com a Aids na América Latina
diminuiu, em 12% entre os anos 2000 e 2016, apesar dos dados
“preocupantes” em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai.
O dado foi apresentado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS
(Unaids).

No ano 2000 morreram na região cerca de 43 mil pessoas. Já
em 2016 esse número caiu para 36 mil, um declínio a partir do aumento da
disponibilidade de tratamentos antirretrovirais, segundo o último relatório
apresentado em Paris (França) pelo órgão.

Este “progresso significativo” é impulsionado pela
redução das mortes relacionadas com a Aids no Peru (62% entre 2000 e 2016),
Honduras (58%) e Colômbia (45%), segundo informou a agência EFE.

O número de portadores de HIV na América Latina totalizou
1,8 milhões e as novas infecções seguem estáveis desde 2010, com quase 100 mil
casos por ano.

A Unaids revelou que a quantidade de soropositivos com
acesso a tratamentos antirretrovirais quase dobrou em seis anos (58%), passando
de 511.700 pessoas em 2010 para 1 milhão em 2016, o que coloca a região acima
da meia mundial (53%).

O órgão advertiu, no entanto, que “alguns países têm
dificuldades em implementar seus programas” de medicação, como a Bolívia,
onde apenas 25% das pessoas têm acesso ao tratamento, e o Paraguai, com 35%.

Na Venezuela, a crise econômica provocou a escassez “de
muitos medicamentos essenciais, especialmente os antirretrovirais”,
acrescentou.

Na Bolívia, Uruguai, Paraguai e Guatemala, a mortalidade por
Aids aumentou entre 2000 e 2016. No entanto, nos dois primeiros, os números
reduziram nos últimos anos. No caso da Bolívia, desde o pico alcançado em 2012,
verificou-se uma queda nas mortes. No Uruguai, os números também diminuíram
após 2010.

Já na Guatemala, a taxa de aumento da mortalidade é superior
a 4%, após estabilidade entre 2003 e 2011. No Paraguai, também houve um período
de estabilidade entre 2005 e 2010, mas desde então ocorre um aumento.

Um dos problemas na América Latina é o elevado custo dos
tratamentos “em vários dos países mais afetados pelo HIV”, segundo o
órgão, que elogiou as “licenças obrigatórias” promovidas pelo Brasil
e o Equador, que permitem reproduzir um medicamento patenteado se não for para
uso comercial.

O relatório aponta ainda que cerca de um terço dos
soropositivos são diagnosticados em um estado avançado da doença, o que afeta
“negativamente os esforços” médicos, segundo o relatório.

O HIV, classificado como ameaça para a saúde pública pela
ONU, afeta um total de 36,7 milhões de mulheres e homens em todo o planeta, e
desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes.

Agência Brasil 

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