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sábado, 23 de novembro de 2024
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Oriente Médio

Presidente palestino anuncia suspensão de todos os contatos com Israel

Clima tenso foi gerado pela instalação de detectores de metais nas imediações da Esplanada das Mesquitas

Postado em 22 de julho de 2017 por Guilherme Araújo
Presidente palestino anuncia suspensão de todos os contatos com Israel
Clima tenso foi gerado pela instalação de detectores de metais nas imediações da Esplanada das Mesquitas

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud
Abbas, anunciou hoje (21) em um discurso na televisão que suspenderá todas as
suas comunicações com Israel até que as autoridades israelenses retirem os
detectores de metal instalados no entorno da Esplanada das Mesquitas de
Jerusalém. As informações são da Agência EFE.

“Rejeitamos os detectores eletrônicos. Jerusalém é a
capital da Palestina”, disse Abbas, que fez um pedido à ONU para que
proteja o povo palestino e outro pedido ao movimento islamita Hamas (que
controla a faixa de Gaza) para que apoie seu governo. Ele pediu ao Hamas que
devolva o controle de Gaza à ANP e possibilite a realização de eleições
presidenciais e parlamentares

O cancelamento dos contatos da ANP com os israelenses
poderia incluir a coordenação em matéria de segurança, que a ANP mantém com
Israel em virtude dos Acordos de Oslo de 1993-1995. O anúncio do presidente
palestino acontece um dia após o líder politico do Hamas, Ismail Haniya, exigir
o fim da coordenação de segurança com Israel.

Mahmoud Abbas pediu, além disso, a todos os funcionários que
doem um dia do seu salário para Jerusalém e anunciou que serão destinados US$
25 milhões a projetos na parte oriental da cidade, que foi ocupada por Israel na
Guerra dos Seis Dias de 1967.

Abbas retornou nesta sexta-feira de uma viagem oficial à
Ásia, que abreviou perante a situação de tensão em Jerusalém e na Cisjordânia,
onde os distúrbios registrados nos protestos palestinos de hoje contra as novas
medidas de segurança israelenses na Mesquita de Al-Aqsa terminaram com três
palestinos mortos e mais de 400 feridos, além de quatro policiais israelenses
também feridos.

Local sagrado

Segundo o porta-voz da Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), Xavier Abu Eid, disse à Agência EFE, o primeiro-ministro de
Israel, Benajamin Netanyahu, “e o seu desejo de sabotar qualquer
possibilidade de paz” tem toda a responsabilidade nos acontecimentos.
“Isso não tem que ver nem com segurança nem com nada. É simplesmente o
desejo de incomodar e humilhar”, disse.

Israel impôs novas medidas de segurança e restrições nos
acessos à Esplanada das Mesquitas, local sagrado para muçulmanos e judeus, após
um atentado no último dia 14 de julho no qual morreram dois policiais
israelenses e os três agressores, árabe-israelenses, que foram abatidos pelas
forças de segurança de Israel. (Agência Brasil)

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