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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Golpe

Suposto médico tenta passar golpe em pai de paciente internado em UTI de Goiânia

Homem pediu 4,2 mil para realização de exames

Postado em 22 de julho de 2017 por Márcio Souza
Suposto médico tenta passar golpe em pai de paciente internado em UTI de Goiânia
Homem pediu 4

O pai de um
jovem de 22 anos que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um
hospital de Goiânia denuncia que recebeu a ligação de um homem se passando por
médico da unidade. Segundo Fernando Moreira, o criminoso pediu R$ 4,2 mil para
agilizar exames de imagem do filho, alegando burocracia no convênio de saúde.

Segundo
Fernando, o filho dele está há dez dias se tratando de uma pneumonia. Ele
afirma que, apesar de saber que o quadro clínico do filho é estável, se
assustou e quase caiu no golpe. “Na hora seu coração vai a mil. Você fica
desesperado, você não sabe o que fazer”, desabafou.

Veja o diálogo dele com o golpista:

·
GOLPISTA: Decidimos que,
para não deixar a saúde dele do jeito que está , é lógico, em terceirizarmos
estas três baterias de exames de imagem;

·
PAI DO PACIENTE: Eu queria
pedir, tipo, 5, 10 minutos para vocês;

·
GOLPISTA: Se eu e a
família ficar discutindo com o convênio, nós acabamos deixando o que é de mais
importante agora, a saúde de lado, do nosso paciente;

·
PAI DO PACIENTE: Qual o valor que sai estes exames?

·
GOLPISTA: Ficou no valor de R$ 4,2 mil as tomografias, já incluso a medicação.

Providências

Além do caso
comunicado por Fernando ao hospital, outros familiares de pacientes alegaram
que caíram no mesmo golpe. Após descobrir a prática, a unidade colocou um
comunicado na parede alertando parentes de pacientes para o fato de que os
médicos nunca pedem depósito por telefone.

Segundo o advogado
de um hospital, Carlos Henrique Ribeiro, os criminosos invadem o sistema do
hospital e acabam obtendo algumas informações do paciente, viabilizando o
golpe. Ele alerta que, diante desta vulnerabilidade, os familiares sempre
compareçam ao hospital. “É a política dos hospitais de que os familiares e os
pacientes devem vir à instituição, tratar de quaisquer questões relativas a
pagamentos”, explicou.

O presidente da
Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás
(AHPACEG), Haikal Helou, afirmou que já encaminhou os casos à polícia.“Nós
temos trabalhados nisso, diminuir a disponibilidade de informações. Vamos
apostar no trabalho policial, para a Polícia Civil do Estado de Goiás
identificar e isolar esta bandidagem.”

A orientação da
Polícia Civil é que todas as pessoas que receberem este tipo de ligação deve
registrar o caso em alguma delegacia, para ajudar nas investigações.

(G1 Goiás)

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