Após uma série de reajustes salariais
feitas a servidores, o governo busca cortar gastos com pessoal. A proposta
seria a criação de um programa de demissão voluntária, que neste momento tem
seus termos e condições finalizados pelo governo. O projeto consiste em um processo
onde o funcionário aceita ou pede a sua exoneração apoiado em uma estrutura
combinada de remuneração na saída.

O governo estima que um total de cinco mil
servidores aceitem se desligar do serviço público, economizando R$ 1 bilhão a
partir do próximo ano. Com a finalidade de aproximar o servidor, o governo deve
oferecer para cada ano trabalhado um salário e um quarto, atualizados para o
salário atual. Em uma situação hipotética em que o servidor receba R$ 1.000, o
governo ofereceria um salário extra a cada ano trabalhado, no valor de R$ 1.250.

Todos aqueles que aderirem ao sistema,
saem do serviço público. Caso vá trabalhar na iniciativa privada, por exemplo,
o tempo dedicado ao serviço público irá ser contabilizado tendo em vista
aposentadoria. Os servidores podem ainda, segundo a proposta assegura, pedir
redução da jornada de trabalho, deixando de trabalhar 8h diárias e cumprindo
uma jornada de 6h – com redução salarial.

Ao todo, a folha de pagamento dos
servidores públicos ativos e aposentados, que conta com pouco mais de dois
milhões de pessoas, beira os R$ 300 bilhões, convertendo-a no segundo maior
gasto do governo, perdendo apenas para a conta da Previdência.