Postos de gasolina em Goiânia registram baixa na procura
Sindicato diz não ver relação entre possível boicote e diminuição na procura
Em resposta ao aumento dos preços dos postos de gasolina, motoristas
organizaram uma série de mobilizações nas redes sociais. Como boicote, deixaram
de abastecer seus carros em algumas das principais regiões de Goiânia. Mesmo
após a suspensão do decreto que elevou o preço do combustível, as cifras
continuam marcando a casa dos R$ 4.
Questionado por O Hoje,
o presidente do Sindicato dos Postos de Gasolina de Goiânia, José Batista Neto,
disse que não foi notificado sobre nenhuma greve por parte dos motoristas oficialmente.
Todavia, explicou que com o aumento dos valores o consumidor tem aparecido
menos vezes para abastecer: “As nossas estimativas giram em torno de uma
diminuição de 30% no abastecimento e se isso acontece com freqüência, seria um
desastre”, afirma.
Batista disse ainda que não vê relação clara entre a
diminuição e uma greve: “Eu acho que tem pouco a ver, mas é inegável que com os
preços altos haja uma certa revolta, pois quem precisa não tem como não abastecer
e isso gera transtornos para todo mundo. Todos saem perdendo”, esclarece.
Para ele, é importante que o consumidor se posicione e lute
pelos seus direitos, mas também seria necessário entender certos pontos: “Pressionar
o posto não é a saída. Agora o que nos compete é aguardar os reflexos da
derrubada desse decreto. Acredito que o governo não taxaria novamente”, supõe.