Iêmen sofre maior crise humanitária do mundo, segundo a ONU
Apenas nos últimos três meses ocorreram quase 1.900 mortes associadas ao cólera e 400 mil casos suspeitos
O Iêmen sofre “o pior surto de cólera no mundo em meio
à maior crise humanitária do mundo”, asseguraram nesta quarta-feira (26)
três agências das Nações Unidas em um comunicado conjunto. De acordo com a Agência EFE.
Apenas nos últimos três meses ocorreram “quase 1.900
mortes associadas ao cólera e 400 mil casos suspeitos”, segundo puderam
registrar a Organização Mundial da Saúde (ONU), o Programa Mundial de Alimentos
e o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
Os serviços sanitários, de água e saneamento “foram
paralisados por mais de dois anos de hostilidades e criaram as condições ideais
para que as doenças se propaguem”, destaca a nota.
Além disso, o Iêmen “está na beira do abismo da
fome”, segundo a ONU, já que “quase 60% da população não sabe de onde
virá sua próxima refeição” e, entre eles, “quase dois milhões de
crianças iemenitas sofrem de desnutrição severa.”
Em uma visita à cidade costeira de Aden, no Sul, e à capital
Sana, dirigentes das três agências da ONU viram como as principais
infraestruturas sanitárias foram “danificadas ou destruídas”.
No entanto, segundo eles, “há esperança”, uma vez
que “mais de 99% das pessoas que estão doentes suspeitas de terem sido
contagiadas por cólera e que têm acesso aos serviços sanitários estão
sobrevivendo.”
A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela
ingestão de alimentos ou água contaminada com a bactéria “vibrio cholerae”,
que nos casos mais graves pode provocar a morte em poucas horas se o doente não
receber tratamento.
(Agência Brasil)