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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Operação Lava Jato

Segundo investigações ex-presidente da Petrobras pediu R$ 20 milhões em propina

Bendine presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando substituiu Graça Foster na presidência da Petrobras

Postado em 27 de julho de 2017 por Thais Tomás
Segundo investigações ex-presidente da Petrobras pediu R$ 20 milhões em propina
Bendine presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015

O ex-presidente da Petrobras teria recebido ao menos R$ 3
milhões de propina em espécie da Odebrecht para não prejudicar a empresa em
futuras contratações, segundo informações das equipes da Polícia Federal (PF) e
do Ministério Público Federal (MPF) que atuam na Lava Jato.

Bendine foi preso temporariamente hoje (27) em São Paulo, na
42ª fase da Lava Jato, denominada Operação Cobra. Foram cumpridos outros dois
mandados de prisão temporária em Pernambuco.

Segundo as investigações, antes de receber os R$ 3 milhões, em 2015, Bendine
pediu outros R$ 17 milhões de propina à Odebrecht quando ainda era presidente
do Banco do Brasil. Em troca, ele atuaria para rolar uma dívida da Odebrecht
Agroindustrial.

Histórico

Bendine presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e
fevereiro de 2015, quando substituiu Graça Foster na presidência da Petrobras.

A investigação contra Bendine teve como base as delações premiadas de Marcelo
Odebrecht, ex-  presidente-executivo do grupo Odebrecht, e de Fernando
Reis, executivo da companhia.

Por entender que Bendine não tinha poder para influenciar na rolagem do
empréstimo, a empresa decidiu não pagar os R$ 17 milhões, mas acabou aceitando
repassar, posteriormente, R$ 3 milhões para garantir seus interesses na
Petrobras, disseram os procuradores.

Os indícios mostram que os pagamentos foram feitos em três repasses de R$ 1
milhão, todos em 2015, feitos por meio de contratos fictícios de consultoria
junto a uma empresa laranja, informou o MPF.

Na nota do MPF, o procurador da República Athayde Ribeiro Costa destacou a
audácia dos envolvidos. “É incrível topar com evidências de que, após a Lava
Jato já estar em estágio avançado, os criminosos tiveram a audácia de
prosseguir despojando a Petrobras e a sociedade brasileira”, disse.

Agência Brasil  

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