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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Venezuela

Opositores dizem que deputado preso está sendo torturado

O político é confrontado com o oficialismo há mais de uma década por denunciar supostos abusos de poder e corrupção da família do então presidente Hugo Chávez

Postado em 24 de agosto de 2017 por Victor Pimenta
Opositores dizem que deputado preso está sendo torturado
O político é confrontado com o oficialismo há mais de uma década por denunciar supostos abusos de poder e corrupção da família do então presidente Hugo Chávez

Vários dirigentes opositores venezuelanos denunciaram que o
deputado regional Wilmer Azuaje está sendo vítima de torturas físicas e
psicológicas, horas depois da divulgação que foi ordenada sua transferência a
uma prisão após passar quase quatro meses sob custódia do Serviço de
Inteligência. “O nosso irmão é vítima de tortura e isolamento. Violam os
seus direitos e os de milhares de venezuelanos presos”, disse o opositor
Freddy Guevara, vice-presidente do parlamento venezuelano, em uma mensagem
publicada numa rede social.

Além disso, a dirigente opositora María Corina Machado
indicou, na mesma rede social, que o deputado Azuaje “é brutalmente
torturado física e psicologicamente. Está há 114 dias sequestrado. Exigimos sua
liberdade imediata!”.

Os opositores publicaram estas mensagens acompanhadas de um
vídeo em que se vê Azuaje com roupas íntimas assinalando que se encontra na
sede do Serviço de Inteligência (Sebin) e que sofre “maus-tratos”.

Vídeo

“Organismos internacionais, OEA, ONU, eu sou deputado
pelo estado Barinas, somente peço que, por favor, me deem a minha liberdade.
Nunca fui acusado (…), me deixam algemado, sem poder me mover, os pés
amarrados, então peço já uma resposta internacional”, disse Azuaje no
vídeo.

Azuaje é deputado pelo partido opositor Primeiro Justiça (PJ)
e é confrontado com o oficialismo há mais de uma década por denunciar supostos
abusos de poder e corrupção da família do então presidente Hugo Chávez. Foi
detido no último dia 2 de maio junto com Jovanny José Gonzalez Díaz, a quem as
autoridades venezuelanas acusaram de ser o seu cúmplice.

Ambos foram acusados de delitos de “posse ilícita de
arma de guerra”, “tráfico ilícito de munição” e “uso
indevido de penhores militares”.

Na terça-feira, o PJ assegurou em um comunicado
que na noite de segunda-feira “finalizou a audiência” de Azuaje e que
“se ordenou sua reclusão na penitenciária de San Juan de los Morros”. 

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