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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Tragédia

Juiz decreta internação de 45 dias para adolescente que matou Tamires

A internação provisória foi determinada pelo Juizado da Infância e Juventude no fim da tarde de ontem

Postado em 25 de agosto de 2017 por Gislaine Xavier
Juiz decreta internação de 45 dias para adolescente que matou Tamires
A internação provisória foi determinada pelo Juizado da Infância e Juventude no fim da tarde de ontem

O juiz substituto Lionardo José de Oliveira decretou, ontem (24), a internação provisória, por até 45 dias, do garoto de 13 anos que matou a vizinha Tamires Paula de Almeida, de 14. O ato infracional ocorreu na quarta-feira (23), no Jardim América, em Goiânia. As informações são do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). 

Segundo o Tribunal, nos próximos dias, deve ser feita audiência para apresentação do menor em juízo. Após a oitiva, será aberto espaço para defesa prévia e, por fim, serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa. Somente depois, o juiz estará preparado para proferir sentença, conforme dispõe o Código Penal.

O caso

O crime ocorreu na tarde da última quarta-feira, no prédio onde moravam o jovem e a vítima, Tamires de Paula. Eles também estudavam juntos e estavam indo para lá quando ela foi morta. A garota encontrou o rapaz no elevador e, quando ele parou no quinto andar, foi arrastada pelo adolescente para a escada de incêndio.

Em depoimento ao delegado, o menino disse que sua intenção era matá-la com um golpe na cabeça, mas, como ela resistiu, resolveu esfaqueá-la. Logo após o homicídio, ele foi até a escola onde eles estudavam, procurou um coordenador e relatou o que havia ocorrido. Uma equipe do colégio acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi ao prédio com o rapaz, onde eles encontraram a garota, já morta, ainda na escadaria.

Além de confessar o crime ao delegado, ele ainda disse que tinha intenção de matar outras duas meninas da escola. O caso é de infracional análogo ao crime de homicídio e as vítimas, destaca, foram escolhidas porque, por serem mulheres, são mais vulneráveis. “Ele foi ouvido ontem, hoje de manhã também, mas na hora de passar pro papel, o advogado orientou que ele permanecesse em silêncio”, pontou. 

 

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