Cana-de-açúcar brasileira pode chegar a 646 milhões de toneladas produzidas
Conab também divulgou no levantamento o percentual de colheita mecanizada no país. Estimativa desta safra é de que 90,2% da área de colheita adote a tecnologia
Os números do 2º levantamento da atual safra de
cana-de-açúcar indicam que a safra 2017/2018 está estimada em 646,34 milhões de
toneladas, com uma queda de 1,7% quando comparada às 657,18 milhões da última
temporada. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou os dados na
última quinta-feira (24). As informações foram coletados entre os
dias 30 de julho e 12 de agosto. A Conab faz quatro estimativas ao longo do
ano-safra da cana-de-açúcar.
A área colhida sofre uma redução de 3,1%, passando de 9,05
milhões para 8,77 milhões de hectares. A menor disponibilidade tem relação com
a desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de
produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização. O recuo
na produção só não é maior graças ao aumento de 1,5% na produtividade, que passou
dos 72,62 toneladas por hectare da safra anterior para 73,73 toneladas por
hectare.
A prioridade continua sendo a produção de açúcar, que deve
atingir 39,39 milhões de toneladas – um aumento de 1,8% em relação à safra
anterior, de 38,69 milhões de toneladas. Com esta tendência, a produção de
etanol registra redução de 6,1%, passando de 27,81 para 26,12 milhões de
toneladas.
A queda ocorre apenas no etanol hidratado, aquele que vai
direto para as bombas de combustível. O anidro tem mercado garantido na mistura
com a gasolina e não apresenta variações na produção. Enquanto o hidratado cai
10,2% e sai de 16,73 para 15,02 bilhões de litros, o anidro sobe de 11,07 para
11,09 bilhões de litros, com aumento de 0,2%.
A Conab também divulgou no levantamento o percentual de
colheita mecanizada no país. A estimativa desta safra é de que 90,2% da área de
colheita adote a tecnologia. Na região Centro-Sul, o percentual é de 95,6%,
enquanto que no Norte-Nordeste é de apenas 23,2%, devido à dificuldade de
atuação mecânica num relevo mais acidentado.
Foto: Reprodução