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sábado, 23 de novembro de 2024
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Luziânia

Motim em presídio teria sido motivado por delação de preso

No dia do ocorrido, três mortes foram registradas no local. Penitenciária contava com o dobro de presos que teria capacidade para abrigar

Postado em 12 de setembro de 2017 por Guilherme Araújo
Motim em presídio teria sido motivado por delação de preso
No dia do ocorrido

Segundo o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Luziânia, o motim que ocasionou a morte de dois detentos e um agente prisional no início desta semana no Centro de Prisão Provisória (CPP) da cidade teria sido provocado pela delação de um plano de fuga feita por um preso.

O delegado Maurício Passerini, responsável pelas investigações, afirma que os detentos ficaram revoltados com o aborto de um plano de fuga da unidade: “A confusão começou porque um dos presos havia delatado uma futura fuga. Ele indicou, inclusive, o buraco por onde os envolvidos fugiriam”.

O delator, que não teve a identidade revelada, teria contado sobre o plano de fuga às autoridades porquê não se sentia entrosado entre os colegas de cela. Na ocasião da rebelião, o preso sofreu represálias e teve pernas e cabeça decepada, bem como seu corpo queimado.

Um outro presidiário morreu no motim, mesmo sem ter relação comprovada com o caso de delação. A causa da morte seria pelo fato de que o crime cometido, abuso sexual de menor, era inadmissível para os outros detentos.

Ainda de acordo com o delegado, a lotação da unidade estaria na data do ocorrido duas vezes maior do que o que teria capacidade para abrigar. Não foram divulgados números exatos pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).

As investigações devem prosseguir nas próximas semanas. Foi enterrado em sua cidade natal, em Minas Gerais, o vigilante penitenciário temporário Valdison Cardoso de Oliveira. Valdison morreu após tomar um tiro de raspão na perna e ser espancado até a morte pelos presos.

 

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