Juiz federal autoriza psicólogos a oferecerem terapia de reorientação sexual
Assunto gerou polêmica e repercutiu nas redes sociais
Uma liminar protocolada por um juiz federal do Distrito Federal autorizou o atendimento a pacientes que busquem terapia para o chamado processo de reorientação sexual. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) disse que irá recorrer da decisão.
Publicada em março de 1999, a proibição deixa explícito o impedimento de qualquer ação passível de favorecimento à patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, tais quais sua colaboração com eventos ou serviços que possam dispor meios de tratamento e cura da homossexualidade.
De acordo com o CFP, a determinação está embasada no conhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) que explica a homossexualidade não como uma doença, um distúrbio ou uma perversão. Na avaliação do conselho, a forma como é vivenciada a sexualidade de cada um concerne unicamente à identidade de cada um, desta forma sendo aplicável a profissionais da psicologia eventuais contribuições para superação de preconceitos.
Questionando a ação, autores da ação popular disseram que a iniciativa impede que psicólogos não só atendam eventuais pacientes que venham procurar ajuda voluntária para tentar entender comportamentos e sentimentos capazes de provocar desconforto ou transtornos, bem como desenvolver estudos em cima de uma eventual reversibilidade de práticas homoafetivas, restringindo a liberdade de pesquisa de profissionais.
Nas redes sociais, o caso repercutiu provocando uma onda de comentários. A hashtag #HomofobiaÉDoença chegou a ocupar a posição do assunto mais falado no Twitter e internautas reagiram com ironia. Confira alguns tweets
o que precisa de cura é o preconceito. #HomofobiaÉDoença pic.twitter.com/Wzuqe3AeUk
— Vale Homossexual (@valehomossexual) 18 septembre 2017
Em um dia estamos lá dando um passo enorme na sociedade e no outro dia acontece isso #HomofobiaÉDoença pic.twitter.com/AXM8JSE3FN
— ☀ (@chapadxs) 18 septembre 2017
bom, a partir de hoje eu nao farei mais minhas atividades diarias já que estou doente permanentemente #HomofobiaEDoenca
— florzinha (@aamandadb) 18 septembre 2017
Não é difícil de entender #HomofobiaÉDoença pic.twitter.com/HCZsoKnkpK
— Lola Aronovich (@lolaescreva) 18 septembre 2017