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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
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Assembleia Geral

Temer defende maior abertura do Brasil ao mundo em discurso na ONU

Presidente mencionou as negociações para a paz entre Israel e Palestina e reafirmou a posição do Brasil de defender a solução dos dois estados

Postado em 19 de setembro de 2017 por Victor Pimenta
Temer defende maior abertura do Brasil ao mundo em discurso na ONU
Presidente mencionou as negociações para a paz entre Israel e Palestina e reafirmou a posição do Brasil de defender a solução dos dois estados

Em discurso para líderes mundiais na abertura da 72ª
Assembleia Geral das Nações Unidas, hoje (19), em Nova York, o presidente
Michel Temer disse que o Brasil deve estar mais aberto ao mundo e preocupado
com temas centrais para a agenda internacional, como o programa nuclear da
Coreia do Norte, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a crise na
Venezuela.

Temer destacou também a necessidade de promover uma reforma
nas Nações Unidas ressaltando que “é particularmente necessário ampliar o
Conselho de Segurança”. O presidente brasileiro mencionou ainda os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável da ONU e a Agenda 2030, além de destacar a
importância do combate às mudanças do clima e da defesa do Acordo de Paris. “O
desmatamento é uma questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia”,
afirmou.

Ele destacou a “grave ameaça” dos recentes testes nucleares
da Coreia do Norte, ressaltando que “o Brasil condena, com veemência, esses
atos”. Temer também destacou a assinatura, amanhã (20), do Tratado para a
Proibição das Armas Nucleares, proposto por Brasil, México, Nigéria, África do
Sul, Áustria e Irlanda e concluído em julho deste ano. O Brasil é um dos 26
países que devem ratificar o tratado – que só entra em vigor depois da
assinatura de, pelo menos, 50 nações.

Ainda no âmbito da paz e segurança globais, o presidente
mencionou as negociações para a paz entre Israel e Palestina, que encontram-se
paralisadas, e reafirmou a posição do Brasil de defender a solução de dois
estados. Sobre a Síria, Temer afirmou que “a solução que se deve buscar é
essencialmente política”. Ele ainda falou sobre terrorismo, e disse que é um
“mal que se alimenta dos fundamentalismos e da exclusão”.

Direitos humanos

Segundo Temer, o Brasil é um país livre e com uma
“diversidade de etnia, de cultura, de credo, de pensamento”, e lembrou os
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o país é signatário, o
acolhimento de refugiados e a concessão de vistos humanitários a haitianos e
sírios.

Ele disse que “a situação dos direitos humanos na Venezuela
continua a deteriorar-se” e que “na América do Sul, já não há mais espaço para
alternativas à democracia”. Ontem (18), Temer falou sobre a crise venezuelana
em um jantar com os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, da Colômbia,
Juan Manuel Santos, do Panamá, Juan Carlos Varela, e com a vice-presidente da
Argentina, Gabriela Michetti.

Economia

No discurso de hoje, Temer também falou sobre temas
econômicos e condenou o protecionismo como saída para dificuldades econômicas.
Ele defendeu o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC), dizendo que o
Brasil defende “um sistema de comércio internacional aberto e baseado em
regras”. E afirmou que, em dezembro deste ano, durante a Conferência
Ministerial da OMC em Buenos Aires, será preciso enfrentar problemas como
acesso a mercados de bens agrícolas e eliminação de subsídios à agricultura.

Sobre temas internos, Michel Temer mencionou as reformas
estruturais em curso no Brasil e disse que o país está “resgatando o equilíbrio
fiscal, [pois] sem responsabilidade fiscal, a responsabilidade social não passa
de discurso vazio”, e disse que “o novo Brasil que está surgindo das reformas é
um país mais aberto ao mundo”. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Beto Barata)

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