Greve dos Correios ocorre em vários Estados. Em Goiás, paralisação começou hoje
A categoria reivindica 43% de reajuste de salários, onde estão incluídos 33% de perdas salariais desde 1994. Além disso, a categoria pede melhorias nas condições de trabalho, dentre outros
A greve dos Correios começou às
22h de terça-feira (19) e atinge 20 estados e o Distrito Federal, segundo a
Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect).
A paralisação envolve os
trabalhadores dos sindicatos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília (DF),
Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí,
Ribeirão Preto (SP), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Maria (RS),
Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sergipe, Santa Catarina, Uberaba (MG)
e Vale do Paraíba (SP).
Entre os motivos da greve estão o
fechamento de agências por todo o país, pressão para adesão ao plano de
demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça
de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso
público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde
e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já
estão com férias vencidas.
Em Goiás
Funcionários dos Correios decidiram entrar em
greve após uma assembleia realizada na noite de terça-feira (19), em frente a
unidade central da empresa, na Praça Cívica, em Goiânia. De acordo com o
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Estado de Goiás (Sintect-GO), três
mil carteiros cruzaram os braços. “Foram dois meses de negociações que não
avançaram. A empresa recusou negociar e os trabalhadores deflagraram a greve”,
explica o secretário geral do Sintect, Elizeu Pereira da Silva.
A paralisação que começou a valer
nesta quarta-feira (20) irá atingir todas as regiões do estado. A categoria
reivindica 43% de reajuste de salários, onde estão incluídos 33% de perdas
salariais desde 1994. Com isso, o piso salarial passaria de R$ 942 para R$ 2,5
mil. Além disso, a categoria pede melhorias nas condições de trabalho.
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