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sábado, 23 de novembro de 2024
Insegurança

Público relata falta de segurança no Festival Vaca Amarela

Durante as apresentações, teriam ocorrido aproximadamente 60 roubos. Coordenação do evento lamentou casos

Postado em 23 de setembro de 2017 por Guilherme Araújo
Público relata falta de segurança no Festival Vaca Amarela
Durante as apresentações

Guilherme Araujo*

Quem curtia a primeira noite de apresentações do Festival
Vaca Amarela, realizado nesta sexta-feira (22) no Centro Cultural Oscar Niemeyer
não imaginava o que acontecia nos banheiros do evento e em pontos estratégicos
dentro do Palácio da Música. Após o show da drag queen Pabllo Vittar, uma aglomeração
aguardava nas catracas dizendo ter sido roubada. O número se multiplicou e ao
fim da contagem, somavam-se aproximadamente 60 pessoas.

No local, não havia sinal de policiamento e várias pessoas
se disseram inseguras. Mário Calaça, de 22 anos, relata momentos de tensão ao
lado de uma amiga. Segundo ele, o roubo teria acontecido enquanto acontecia a
discotecagem de um DJ, durante a preparação do palco para as próximas atrações.
“Uma das minhas amigas foi roubada e ela viu que havia outras pessoas na mesma
situação. Perdemos metade dos shows por conta disso”, relata. O clima foi de
revolta.

Outro problema enfrentado foi a dificuldade de saída do
local após as apresentações. Houve quem esperasse mais de 1h graças ao trânsito
e a dificuldade de chegada ao espaço, que frequentemente é palco de shows e
eventos culturais. A estudante Gabrielly Leão disse ter ficado apreensiva ao
saber o que se passava. “Não tive coragem de esperar meu táxi do lado de fora,
próxima à pista. Voltei para a entrada do Palácio e fiquei próxima ao pessoal
da organização”.

Em nota, a organização do evento lamentou os ocorridos e
disse ter reforçado a segurança. Confira o texto na íntegra: 

A coordenação do Festival Vaca Amarela lamenta os incidentes de roubos nas imediações do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), e furtos dentro do espaço, que ocorreram ontem, sexta-feira (22). Em seus 16 anos de existência, o evento manteve uma posição de estímulo à diversidade múltipla num ambiente de convergência, intercâmbio e troca de experiências culturais. O festival nunca se deparou com situações parecidas. Em sua trajetória, o Vaca sempre foi um espaço pacífico e de harmonia. 

Lamentamos profundamente o estado alarmante de insegurança pública que ronda eventos com perfis semelhantes. Não é de agora que há relatos e incidentes de roubos de carros e furtos em eventos de médio e grande porte em Goiânia. 

As autoridades competentes, tais como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, entre outras, foram informadas sobre a capacidade e expectativa de público, segurança e bem-estar durante todo o projeto. 

A empresa de segurança, Grupo Escudo, inclusive, é certificada e uma das mais renomadas do estado, parceira há quase uma década. Ela cumpriu com todos os procedimentos obrigatórios, como revista, vigilância, rondas e monitoramento. Agradecemos também a equipe do CCON, que recebe o festival tão bem, com acompanhamento, orientação e garantindo a realização de eventos culturais.

Para hoje, o Vaca reforçou a operação de segurança dentro e fora do CCON. Também abaixou o preço do estacionamento para R$5 (antes R$15), para criar um maior conforto e segurança ao público. Seguimos na resistência e na construção de espaços de cultura e formação, que são tão importantes para a conquista de uma sociedade mais diversa e segura.  

*Guilherme Araujo é estagiário do jornal O HOJE, sob supervisão de Naiara Gonçalves 

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