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domingo, 24 de novembro de 2024
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Crescimento

Confiança do comércio avança 12% em relação a setembro de 2016, diz CNC

Mesmo com o fim da injeção de recursos do FGTS inativo nas vendas do varejo, a CNC estima que o volume de vendas do comércio ampliado em 2017 deverá crescer 2,2%

Postado em 26 de setembro de 2017 por Márcio Souza
Confiança do comércio avança 12% em relação a setembro de 2016
Mesmo com o fim da injeção de recursos do FGTS inativo nas vendas do varejo

O Índice de Confiança do
Empresário do Comércio (Icec) cresceu 12% em setembro deste ano em comparação a
igual mês do ano passado, apesar de ter fechado em queda de 0,3% em relação ao
mês de agosto deste ano, neste caso na série ajustada sazonalmente.

Os dados foram divulgados hoje
(26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e
indicam que, mesmo com a queda de 0,3% entre agosto e setembro, o índice
atingiu 104,8 pontos agora em setembro, mantendo-se acima da zona de
indiferença (100 pontos), o que, na avaliação da CNC, indica otimismo por parte
dos comerciantes.

O fim dos saques das contas
inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) impactou a avaliação
dos varejistas em relação às condições atuais, na comparação mensal, com o
indicador caindo 1,5% em relação a agosto. Na comparação anual, no entanto, o
subíndice aumentou 42,1%.

Mesmo com o fim da injeção de
recursos do FGTS inativo nas vendas do varejo, a CNC estima que o volume de
vendas do comércio ampliado em 2017 deverá crescer 2,2%.

Para a economista da CNC Izis
Ferreira isso ocorre porque “apesar da queda mensal, a melhora gradual no
desempenho do comércio vem promovendo o aumento da confiança dos comerciantes
ao longo do ano”.

A avaliação é de que a retomada
gradual das vendas do varejo no curto prazo fortalece o cenário de desempenho
mais favorável do comércio em 2017. A entidade, porém, ressalta que a
recuperação mais vigorosa no setor será determinada pela evolução do mercado de
trabalho, notadamente a geração de postos de trabalho formais.

Neste sentido, os preparativos
para as festas de fim de ano já mostram, na avaliação dos economistas da CNC,
impacto positivo no subíndice que mede as intenções de investimento do
comércio, com aumento de 0,8% em setembro. Na comparação anual, o subíndice
aumentou 9,3%, puxado pelas intenções de investimento nas empresas (15,7%), na
contratação de funcionários (11%) e em estoques (2,2%).

Para 28,5% dos comerciantes
consultados em setembro, o nível dos estoques está acima do que esperavam
vender, proporção menor do que a apontada em agosto (29%).

Avaliação dos varejistas

Para os varejistas, as condições
atuais do setor melhoraram em todos os itens, com destaque à economia, com
aumento de 67,3%, na comparação com setembro de 2016. A percepção dos
comerciantes sobre o setor cresceu 42,3%, enquanto a percepção sobre a própria
empresa teve aumento de 28,6%, na comparação anual.

Os dados indicam ainda que, em
setembro deste ano, 35,4% dos comerciantes consideraram o desempenho do
comércio melhor do que há um ano. No mesmo período de 2016, o percentual era de
22,8%.

Curto prazo

A pesquisa da CNC apurou que para
78,4% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses,
percentual que vem crescendo mês a mês. Em agosto, o percentual era de 77%,
depois de ter fechado julho em 75,9%.

Apesar das perspectivas para o
curto prazo em relação aos desempenhos da economia, do comércio e da própria
empresa terem registrado leve queda de 0,4%, de agosto para setembro, quando a
comparação se dá com setembro do ano passado, as expectativas seguem melhorando
e fecharam com crescimento de 2,5%, o que levou a que o subíndice atingisse
147,6 pontos, acima da zona de indiferença (100 pontos).

O Índice de Confiança do
Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista
do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas
em todas as capitais do país, e os índices, apurados mensalmente, apresentam
dispersões que variam de zero a 200 pontos. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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