Trump usa tom ameaçador contra a Coreia do Norte
Presidente dos Estados Unidos diz que “só uma coisa funcionará” contra o oponente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu, em tom ameaçador, sobre as tentativas de diálogo no passado com a Coreia do Norte, garantindo que não há mais o que tratar com o regime liberado por Kim Jong-un. A informação é da Agência EFE. “Só uma coisa funcionará”, afirmou o chefe de Estado,em seu perfil no Twitter, sem especificar qual a medida a ser adotada.
“Presidentes e suas administrações estiveram conversando com a Coreia do Norte durante 25 anos. Os acordos firmados e a quantidade em massa de dinheiro pago não funcionaram”, escreveu o presidente americano.
De acordo com Trump, os acordos com o regime do país asiático foram “violados antes que a tinta estivesse seca. Os negociadores dos EUA sempre foram enganados”.
Um pouco depois, o presidente foi perguntado sobre o que pensa em fazer com a Coreia do Norte. “Vocês saberão logo”, limitou-se a responder.
Os tuítes foram publicados dois dias depois de uma reunião com militares do alto escalão na Casa Branca, em que o presidente americano sugeriu que o momento atual é de “calmaria antes da tempestade.
No mês passado, Trump apostou na retórica dura, como resposta aos programas norte-coreanos de armas nucleares e mísseis balísticos, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ameaçando “destruir totalmente” o país asiático.
No último fim de semana, o presidente classificou como “perda de tempo” as tentativas do secretário de Estado, Rex Tillerson, de negociar com o regime norte-coreano. A Casa Branca garante que o único contato que pretende é para conseguir liberar três cidadãos americanos detidos no país.
Kim Jong-um
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se orgulhou de que seu país continue desenvolvendo o “valioso” programa nuclear “para defender sua soberania das ameaças dos Estados Unidos”. Ele assegurou que a economia nacional está crescendo, apesar das sanções. A informação é da Agência EFE.
Os comentário foram feitos em uma reunião do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que abordou nesse sábado (7) a situação do país e aprovou algumas nomeações de funcionários de alto escalão, informou hoje (8) a agência estatal norte-coreana “KCNA”.
“As armas nucleares da República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] são um valioso fruto da sangrenta luta do seu povo para defender o destino e a soberania do país das prolongadas ameaças nucleares dos imperialistas americanos”, disse o líder durante a reunião.
Kim Jong-un também declarou que a atual situação demonstra que foi “totalmente acertada” a política de apostar de maneira simultânea no desenvolvimento da economia e do arsenal nuclear. Ele pediu a continuidade, “de maneira invariável, por este caminho no futuro”.
Segundo as declarações divulgadas pela “KCNA”, o líder norte-coreano assegurou que “a economia nacional cresceu este ano com grande força”, apesar das duras sanções impostas pela comunidade internacional, em resposta ao programa nuclear e de mísseis do regime.
Durante a reunião do comitê, que acontece pelo menos uma vez ao ano, a irmã mais nova do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, foi eleita entre os novos membros do comitê permanente do partido.
Além disso, Choe Ryong-hae, um colaborador muito próximo do líder, se tornou membro da Comitê Central Militar do Partido dos Trabalhadores, enquanto o ministro de Exteriores, Ri Yong-ho, foi escolhido membro do comitê permanente, detalhou a agência estatal.
A reunião desse sábado marcou o 72º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, uma das datas mais importantes do calendário norte-coreano. (Agência Brasil)