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domingo, 24 de novembro de 2024
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Incentivos

FAO recomenda que Brasil invista em segurança alimentar

Relatório da organização indica que o Brasil será capaz de acabar com a fome até 2030

Postado em 16 de outubro de 2017 por Victor Pimenta
FAO recomenda que Brasil invista em segurança alimentar
Relatório da organização indica que o Brasil será capaz de acabar com a fome até 2030

No dia em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, um
relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
recomenda que o Brasil incentive o cuidado com a alimentação e mantenha
programas governamentais de acesso a alimentos para garantir a segurança
alimentar dos brasileiros.

O relatório intitulado “Panorama da Segurança Alimentar e
Nutricional na América Latina e no Caribe 2017” indica que o Brasil será capaz
de acabar com a fome, que hoje atinge cerca de 3% da população, até 2030. No
entanto, para garantir a segurança alimentar e nutricional, os brasileiros
precisam consumir os nutrientes corretos e até mesmo praticar exercícios
físicos.

No Brasil, a alimentação é um direito garantido pela
Constituição Federal e, mundialmente, o tema é um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que tem como meta acabar com a
fome no mundo até 2030.

“O Brasil está muito bem em termos gerais. Em 2014 saiu
do Mapa da Fome, com índice de insegurança alimentar abaixo de 5%. Isso revela
uma situação que não é estrutural. São grupos, que precisam de políticas
focais. O Brasil não tem mais o problema estrutural da fome como outros países
da América Latina”, diz o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.

Investimento

O relatório da FAO indica que o Brasil só vai alcançar o
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de número 2: Fome Zero até 2030 se
houver continuidade nos investimentos em políticas públicas voltadas às
populações mais vulneráveis.

“É importante manter o nível de investimento social que
se tinha. A crise, com certeza, é uma ameaça para esses programas. Não é fácil
alocar recursos nesse momento, mas vamos torcer para que a economia consiga se
recuperar e que haja recursos e investimento efetivo no desenvolvimento rural
sustentável, que é a chave [para a segurança alimentar]”, diz Bojanic.

Diversos programas governamentais têm impacto na segurança
alimentar dos brasileiros e eles estão distribuídos em várias pastas, como
Educação e Saúde com merenda escolar e campanhas de alimentação saudável e
combate à obesidade; Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário e
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com programas de crédito e financiamento
para agricultores familiares; Desenvolvimento Social com Bolsa Família e outros
programas.

A secretária-adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional do
Ministério do Desenvolvimento Social, Lilian Rahal, ressalta que ainda não é
possível ter um orçamento fechado do ano para políticas voltadas à alimentação
porque os números ainda podem crescer com suplementações. “A situação do
orçamento é pública, todo mundo sabe, temos uma redução sim, mas temos
trabalhado para manter nossos programas operando, principalmente, para as
populações que de fato precisam dessas políticas”, diz.

Segundo ela, apesar da redução em programas como o de
aquisição de alimentos, por meio do qual o governo adquire alimentos de
agricultores familiares para populações mais vulneráveis, que passou de R$ 500
milhões no ano passado para R$ 320 milhões este ano; outros programas, como o
de cisternas, aumentaram o orçamento, passando de R$ 125 milhões para R$ 250
milhões. Os valores são previsões que ainda podem aumentar.

Desafios

O Brasil é um país que lida com dois extremos, são 7,2
milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Por outro lado,
60% dos brasileiros estão com sobrepeso e 20%, obesos. Além disso, um terço das
crianças está acima do peso.

“A partir do momento que o Brasil sai do Mapa da Fome e
a fome deixa de ser estrutural, começamos a nos preocupar com outras dimensões
da má nutrição, que não a desnutrição, que passa a ser localizada. A nossa
preocupação é dar conta do que ainda temos de desnutrição e dar conta de outras
formas da má nutrição, como a deficiência de nutrientes, sobrepeso e
obesidade”, diz a secretária-adjunta. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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